Pólis
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A pólis (πολις) - plural: poleis (πολεις) - era o modelo das antigas cidades gregas, desde a Antiguidade Clássica até o período helenista, vindo a perder importância durante o domínio romano. Devido às suas características, o termo pode ser usado como sinônimo de cidade. As polei, definindo um modo de vida urbano que seria a base da civilização ocidental, mostraram-se um elemento fundamental na constituição da cultura grega, a ponto de se dizer que o homem é um "animal político".
A pólis possuía uma configuração espacial própria: normalmente ficava justaposta ou circundava a acrópole (a parte alta da cidade, destinada aos templos); possuía um espaço central público, a ágora, onde também se localizava o mercado; além de um gymnasion. A cidadania de uma pólis normalmente estava reservada aos homens adultos que ali nasceram.
[[== Formação == Texto em itálicoA polis teria surgido no século VIII a.C. nas comunidades gregas da Ásia Menor, a partir de onde teria se espalhado pelo mundo grego.
É comum considerar que a polis teria nascido entre os Gregos em resultado de um determinismo geográfico, ou seja, o relevo montanhoso da Grécia, que dificultava as comunicações e isolava as comunidades humanas, teria levado a este tipo de organização política. Porém, esta teoria é rejeitada com base em vários fatos. Em primeiro lugar, em outras regiões igualmente montanhosas não se desenvolveram polis ou só tardiamente se desenvolveram. Para além disso, a polis desenvolveu-se em regiões onde as comunicações eram fáceis, como a Ásia Menor e a península do Peloponeso.
Em vez de fatos geográfico, teriam sido as circunstâncias históricas a determinar o nascimento da polis. Com o fim da civilização micénica verificam-se movimentações de populações que procuram os melhores locais para habitar. Perante a perspectiva de ataques exteriores, os habitantes de pequenas comunidades agrupam-se, através do processo denominado por sinecismo. Assim, as pequenas localidades identificam-se com um centro; na Ática esse centro foi a cidade de Atenas.]]
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[editar] Esfera política
A vida na polis dividia-se em duas esferas: a privada, que dizia respeito a seu patrimônio, ao casamento, à sua família e expressa pela sua casa e a esfera pública, expressa pelo espaço público urbano (ou político, pois era o espaço da "polis") e suas instituições. Estas, dado que deliberavam e executavam diretrizes e regras para a cidade, constituíam-se efetivamente como instituições políticas. De uma forma geral, ambas as esferas eram soberanas em si mesmas: assuntos privados não diziam respeito às discussões públicas, e vice-versa. Cabe notar, no entanto, que se este modelo social valia para a democracia ateniense quando de sua plena formação, sua efetiva verificação em períodos e cidades diferentes ser bastante heterogêneo.
[editar] Instituições políticas
Apesar das diferenças que poderiam existir de polis para polis, é possível identificar três instituições políticas comuns: a Assembléia do Povo, o Conselho aristocrático e os Magistrados.
Estes órgãos poderiam assumir nomes diferentes conforme a polis. Assim, em Atenas a Assembléia do Povo recebia o nome de Ecclesia, enquanto que em Esparta chamava-se Apela; o Conselho em Atenas era denominado Areópago (nomeado de acordo com o local em que se reunia - a "colina de Ares") e em Esparta, de Gerúsia. Quanto aos magistrados eram designados respectivamente nestas duas polis como Arcontes e Éforos.
[editar] Referências
[editar] Bibliográficas
- AUSTIN, Michel; NAQUET, Pierre Vidal - Economia e Sociedade na Grécia Antiga. Lisboa: Edições 70, 1986.
- MALACO, Jonas Tadeu Silva; Da forma urbana. O casario de Atenas. São Paulo: Alice Foz, 2002
[editar] Artigos relacionados
- Ágora
- Ágora de Atenas
- História do Urbanismo
[editar] Característica
Naquele tempo essas pólis eram de grande importância para a situação política da Grécia e de outras cidades. Esse nome pólis, é resumidamente as cidades-estados.