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Berne - Wikipédia

Berne

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

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Dermatobiose ou mais comumente berne, é a denominação do estado larval da Dermatobia hominis, parasitas de animais domésticos, em particular dos bovinos, produzindo uma miíase nodular.

Índice

[editar] Introdução

As primeiras referências de parasitismo desta larva foram notificadas em silvícolas no século XVI, em regiões ribeirinhas no Brasil mas a ocorrência desta parasitose estende-se por toda a América Latina, desde o Sul do México até o Uruguai com exceção do Chile, único país que não apresenta ocorrência da doença.

As larvas da D. hominis têm grande importância econômica, em função de serem biontófogas, necessitando de tecido vivo para sobreviverem.

[editar] Descrição da doença

A forma larval em seus três instares produz miíase nodular ou furuncular, com grande prejuízos aos hospedeiros. Trata-se de parasita cuja importância econômica se ressente em quase 90 % das peles adquiridas pelos curtumes.

O mínimo de perfurações provocadas pelo ciclo parasitário, correspondente à metade do couro, ou seja, um dos lados do animal, pode variar de 15 a 531, sendo a média mais elevada 157,08 ± 63,13.

Com isto, as indústrias coureiro-atacadista e de artefatos em geral, arcam com prejuízos na ordem de 20 % em sua produção.

Em danos diretos, a dermatobiose pela irritação, interfere na produtividade de carne e leite, além de compromoter o desenvolvimento ponderal de animais em fase de crescimento. A mosca do berne é um inseto morfologicamente diferente das outras moscas, sendo de cor metálica azulada para esverdeada, grande, três vezes maior que as moscas-do-estábulo e domésticas.

Além de parasitar os animais domésticos e silvestres, não muito freqüente, o berne também parasitar os humanos.

Para sua multiplicação e reprodução, a D. hominis necessita de outras moscas para veicularem seus ovos, as quais são chamadas de vetoras, foréticas ou veiculadoras de larvas do berne.

Os animais de pelagem escura são os mais atacados, devido esses animais atraírem os veiculadores dos ovos da D. hominis.

É um parasita que possui de acordo com cada país nomes vulgares, como:


[editar] Etiologia

O agente etiológico da Dermatobiose é a Dermatobia hominis (Linnaeus Jr.,1781).

As condições ideais para a sobrevivência da mosca, são aquelas de clima tropical e subtropical, com temperatura e pluviosidade relativamente altas, em localizações rodeadas por arbustos e florestas.

Nota-se inclusive que algumas regiões fisiográficas de relevo, contribuem para sua incidência em determinadas regiões, principalmente naquelas com altitudes de até 1.400 metros acima do nível do mar. Nas altitudes abaixo de 400 metros do nível do mar as infestações aumentam significadamente.


[editar] Ciclo Evolutivo

A D. hominis faz um ciclo indireto, ou seja, ela não se aproxima de um animal. As fêmeas de tamanho grande e de porte superior aos machos, em condição de vôo capturam um inseto vetor, um zoófilo para oviporem massa de ovos no seu abdomen.

Os foréticos ou veiculadores das larvas da D. hominis, devem possuir algumas características importantes para levarem os ovos contendo larvas até os hospedeiros, ou seja:

• Têm que ter atração para os animais (hábitos zoófilos)
• Têm que ter hábitos diurnos
• Têm que ter tamanho igual ou menor do que a D. hominis
• Não devem ser muito ativos

Se tem reportado acima de 50 espécies de veiculadoras dos ovos do berne, sendo que as principais moscas vetoras são a Stomoxys calcitrans (mosca-dos-estábulos), a Musca domestica (mosca doméstica), a Hydrotaea aenescens, e a Sarcopromusca pruna. Todas são moscas com hábitos diurnos, que procuram abrigar-se em locais onde haja vegetação abundante e onde os animais procuram descansar ou proteger-se do sol, como capoeiras, bambuzais, capineiras etc.

O início do ciclo se dá em dias muito quentes, quando os animais procuram sombreamento para se protegerem do sol e calor e então são atacados pelas moscas vetoras, contendo massas de ovos que variam de 30 a 60 ovos.

Agregados uns aos outros, os ovos se apresentam na forma de massa, semelhante a uma cacho de bananas, sendo que se mantém fixos uns aos outros impermeabilizados por substâncias secretadas pela D. hominis, por um tempo médio de 8 dias.

Após o amadurecimento dos ovos (embrionamento), as larvas desenvolvidas escapam, quando a mosca veiculadora pousa sobre o hospedeiro, estimulada pela temperatura corpórea e liberação de CO2. A larva infestante uma vez em contato com a pele, movimenta-se em média em 20 minutos até penetrar, localizando-se no tecido subcutâneo.

Durante 35-50 dias a larva desenvolve-se no tecido subcutâneo do animal, alcançando a fase de 3º ínstar (média 32 dias) ou seja a sua maturidade.

Após estar amadurecida cai no solo, de preferência em local umedecido e protegido onde inicia a sua fase de pupa.

O período pupal também sofre influência climática e temperatura de 25° C e umidade relativa de 60 a 80%, este período pode variar de 30 a 43 dias, com média de 42 dias, acontecendo após a metamorfose, do qual emerge-se a mosca adulta, apta a copular e capturar os vetores e reiniciar o ciclo holometabólico.

Normalmente, a emergência dos adultos do pupário ocorre pela manhã e 3 a 6 horas pós emergência, tanto machos como fêmeas iniciam a cópula, em média 3 a 4 vezes. A mosca adulta desprovida de aparelho bucal não se alimenta e sobrevive de 4 a 19 dias. A larva penetra através do folículo piloso alcançando o tecido subcutâneo, onde se aloja até completar os seus ínstares (L1, L2 e L3).

As regiões de maior incidência são os membros anterior, barbela e costal até a altura da última costela.

Na região posterior a quantidade de berne é menor, devido ao movimento caudal do animal. Normalmente cada orifício nodular corresponde ao desenvolvimento de uma larva, entretanto, pode-se encontrar eventualmente duas ou três larvas se comunicando na mesma abertura.

Quando a infestação advém de insetos veiculadores de hábito alimentar lambedor, nota-se a formação de extensas áreas de bernes formando placas.

É que essas moscas se aglomeram em torno de exudato e assim as portadoras de ovos (foréticas), deixam escapar larvas no local com mais abundância.

Uma fêmea de D. hominis pode ovipositar até 200 ovos, em várias posturas.

Em síntese, o ciclo total do berne pode durar em média de 3 a 5 meses.



[editar] Sintomas

As larvas nos seus diferentes ínstares (1º,2º e 3º) possuem espinhos ao longo do corpo e ao se movimentarem de forma retrátil, alcançando constantemente o orifício de abertura para respirarem, provocam dores e irritação, em que o animal se torna irrequieto e estressado. Em infestações altas, há um emagrecimento, perda da capacidade produtiva e eventualmente a morte, principalmente se for jovem.

Processos inflamatórios com pústulas acontecem com freqüência, em alguns casos oriundos de uma reação inflamatória do próprio organismo animal, geralmente após estabelecida a larva ou quando ela morre dentro do nódulo.

Em casos raros pode acontecer a instalação de miíases associada a mosca Cochliomyia hominivorax, complicando o quadro de parasitismo com processos infecciosos.


[editar] Diagnóstico

O diagnóstico é simples e é feito pela visualização dos nódulos no corpo dos animais, contendo as larvas do berne no seu interior.

[editar] Profilaxia

O controle profilático do berne, é feito por meio de higienificação de estábulos, manejo das fezes e se necessário, o uso de inseticidas nas instalações, para controle das moscas veiculadoras do berne.

[editar] Manejo das fezes

As fezes no estábulo, esterqueiras e proximidades, são as principais fontes para multiplicação das moscas veiculadoras dos ovos da Dermatobia hominis. O seu manuseio correto, proporciona uma ajuda considerável no controle desses insetos, pois são nos excrementos que a maioria das moscas se proliferam. Com a redução dos foréticos, as infestações por bernes diminuirão, pois a D. hominis não terá muitos vetores disponíveis para capturar. O esterco dos animais deve ser trabalhado, (principalmente se por perto houver criação de galinhas ou porcos), de duas maneiras:

• Através de esterqueiras ou trincheiras
• Juntando as fezes misturadas com palhas e cobri-las com uma lona de plástico

[editar] Instalações Rurais

O uso de produtos com propriedades inseticidas e repelentes nas instalações rurais, que sejam isentos de toxicidade tanto para o homem como para os animais, auxiliam na profilaxia da larva do berne, pois controlam os veiculadores da larva, reduzindo muito as infestações.

Outras formas são utilizadas para controlar o berne, como o uso de extração manual das larvas em pequenas propriedades e com poucos animais (não muito recomendado) e o Controle Biológico, que devido à sua complexidade está sendo estudado com mais atenção.

Devido a essa falta de compostos naturais de eficiência comprovada para o controle biológico dos insetos, as dermatobioses são tratadas com agentes químicos

[editar] Tratamento

O controle químico do berne no Brasil é feito com produtos organofosforados, e dentre os fosforados, o Triclorfon, descoberto há mais de 25 anos, ainda não apresentou resistência aos bernes .

Os organofosforados são administrados nos animais, em formulações únicas ou associados com Piretróides, em banhos de imersão, pulverização costal atomizada, aspersão mecanizada ou em uso "Spot On", "Pour On", com resultados bastante variáveis.

Os piretróides têm sido utilizados como controladores das moscas veiculadoras do berne, pois têm uma ação Mosquicida e Repelente bastante destacada, auxiliando de sobremaneira no controle das infestações.

Este efeito pode ser notado, desde o final da década de 70, no Rio Grande do Sul, quando animais tratados em banheiros contendo carrapaticidas a base de piretróides, permaneciam com infestações reduzidas de berne.

Atualmente, em algumas regiões usa-se para controlar o berne, os endectocidas, os quais por sua potência, controlam com sucesso esta parasitose.

Os endectocidas são utilizados, injetável, via subcutânea, intramuscular ou em uso Pour On.

Porém devido aos resíduos no leite e carne são restringidos em determinados tipos de criações.

No caso de hospedeiros humano a remoção da larva baseia-se em impedir a respiração da larva (por exeplo com vaselina sólida) e fazer a retirada cirúrgica; depois, passar éter iodoformado e cobrir a lesão. Está indicado o uso de vacina anti-tetânica. Não éindicado espremer manualmente a região lesionada.

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