Cazuza
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Agenor de Miranda Araújo Neto, conhecido como Cazuza, (Rio de Janeiro, 4 de abril de 1958 — Rio de Janeiro, 7 de julho de 1990) foi um compositor e cantor brasileiro.
Índice |
[editar] História
[editar] O início
Cazuza é considerado um dos maiores expoentes do rock do Brasil, juntamente com Raul Seixas, Renato Russo e Mutantes. Começou sua carreira em 1981 no Barão Vermelho, grupo que fez muito sucesso nos anos 80.Cazuza chegou a ser mencionado por Caetano Veloso em um show no Canecão como o maior poeta brasileiro daquela geração, antes de cantar "Todo Amor que Houver nessa Vida", música gravada no primeiro álbum do Barão Vermelho. Em 1985, participou do Rock in Rio, ainda com o Barão Vermelho. Nesse período, constantes desentendimentos com os demais integrantes do Barão Vermelho, Guto Goffi, Roberto Frejat, Maurício Barros e André Palmeira, o levou a abandonar a banda, logo depois de ganhar o disco de platina pelo álbum Maior Abandonado. No final de 1985, Cazuza lança "Exagerado", álbum que traz em sua faixa-título um dos grandes sucessos do cantor. A partir daí, observa-se um Cazuza mais livre, tanto no estilo musical quanto no conteúdo. Suspeita-se que ele pode ter sido infectado pelo vírus da AIDS em 1985, a doença que o matou em em 7 de julho de 1990.
[editar] Carreira solo
A partir dessa separação, Cazuza começa a diversificar sua produção, incorporando de maneira mais marcante elementos do Blues, como em "Blues da Piedade", "Só as mães são felizes" e "Balada do Esplanada" (baseada em poesia homônima de Oswald de Andrade), letras mais intimistas, como em "Só se for a Dois", e influências da música brasileira como em "O Mundo é um Moinho" de Cartola e "Faz Parte do meu Show", "Cavalos Calados" de Raul Seixas e "Essa Cara" de Caetano Veloso.
Contrariando a sensação de fracasso que sempre acompanham artistas que abandonam suas bandas de origem para um carreia solo, Cazuza surpreende em seus álbuns solo, dos quais os sucessos de maior repercussão no público foram, sem dúvida, "Exagerado", "O Tempo não Pára" e "Ideologia".
Duas características fundamentais de sua obra, especialmente no período solo, são:
- uma postura ativa frente a vida, não apenas recebendo, descrevendo e sofrendo com seus acontecimentos mas se posicionando frente a eles (ao contrário de vários artistas do mesmo período com um espírito mais romântico), fossem de fundo sentimental (vide "Obrigado", "O Mundo é um Moinho", "Exagerado") ou político (vide "Burguesia");
- intimismo e individualismo, no sentido de não se expressar em função ou considerando outros além de seu parceiro mas sim em função das suas crenças, vontades e impressões (essa postura fica muito clara quando notamos que Cazuza raramente usa nós em suas músicas para designar algum grupo ou conjunto de pessoas);
A sua luta contra o HIV que veio de seu estilo de vida, acabou com este e trouxe o fantasma da morte para perto dele.
[editar] Artistas relacionados
Dentre diversos artistas relacionados a Cazuza, podemos mencionar Simone, Léo Jaime (que apresentou Cazuza para a banda Barão Vermelho quando esta já estava formada e precisando de um vocalista), Lobão, tanto pela sua amizade com Cazuza quanto pela influência de um em outro, por ter sido grande inspiração no começo de sua carreira, Cássia Eller por ter sido a intérprete que mais gravou canções do Cazuza, Arnaldo Antunes pela influência marcante e Renato Russo pela amizade e apresentações que fizeram juntos.
[editar] Discografia
[editar] Com o Barão Vermelho
[editar] Solo
- 1985 - Cazuza
- 1987 - Só se For a Dois
- 1988 - Ideologia
- 1988 - O Tempo Não Pára - ao vivo
- 1989 - Burguesia
- 1991 - Por aí (póstumo)
[editar] Filmografia
BIOGRAFIAS |
---|
A | B | C | D | E | F | G | H | I | J | K | L | M | N | O | P | Q | R | S | T | U | V | W | X | Y | Z |