Cursinho da Poli
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O Cursinho da Poli é um cursinho pré-vestibular na cidade brasileira de São Paulo. A instituição vem sendo alvo de disputas entre o Grêmio da Escola Politécnica da USP e os atuais diretores do cursinho. A disputa está agora tramitando na Justiça.
História
O Cursinho da Poli foi criado em 1987 na Escola Politécnica da USP, pelo Grêmio Politécnico. Dirigido pelos estudantes do Grêmio, o Cursinho da Poli foi o primeiro cursinho popular do país. Seu projeto original buscava promover e debater a democratização do acesso à universidade pública. No projeto, além de aulas preparatórias para os grandes vestibulares do país, buscava-se a inclusão social e a difusão de atividades culturais.
No entanto, em 1997, os coordenadores do Cursinho da Poli, sem conhecimento e aprovação do Grêmio Politécnico, se organizaram e criaram o IGPDE (Instituto do Grêmio Politécnico para o Desenvolvimento da Educação), que passou a administrar juridicamente o cursinho, e cinco anos mais tarde, a Fundação PoliEducar.
Quando se tornou evidente o interesse dos coordenadores do Cursinho da Poli em torná-lo um empreendimento comercial utilizando-se do reconhecimento público que o projeto adquirira com o alto índice de aprovações de seus alunos nos vestibulares mais concorridos do país, o Grêmio Politécnico recusou-se a participar dessa Fundação já que o ideal de inclusão social não fazia mais parte do projeto do cursinho. Também houve duras críticas aos valores de mensalidades, consideradas abusivas para um cursinho popular.
Em 2005, o cursinho foi alvo de uma representação no Ministério Público assinada pelo Grêmio e pelo vereador de São Paulo Carlos Gianazzi. Neste documento, foram pedidos a reintegração do Cursinho da Poli ao Grêmio Politécnico e esclarecimentos públicos (auditoria contábil) quanto às contas não aprovadas pelo Grêmio Politécnico mas que foram feitas pela coordenação do cursinho.
Enquanto o Ministério Público não pronuncia sua decisão, o Grêmio Politécnico refundou o Cursinho da Poli (Cursinho da Poli - USP do Grêmio Politécnico). As aulas são no período noturno e aos sábados nas dependências da Escola Politécnica, na USP. Inicialmente, serão atendidos 100 estudantes advindos das escolas públicas. Assim como no projeto original e com respeito aos seus objetivos iniciais, não haverá cobrança de mensalidades. Os alunos arcarão apenas o custo de cópias do material didático.
Muitos são os voluntários que estão se colocando à disposição para levar o projeto adiante: ex-alunos, ex-professores, professores e estudantes que se indignaram ao ver o rumo que estava sendo tomado pelo Cursinho da Poli, se uniram ao Grêmio Politécnico para reestruturar este projeto, que é patrimônio da sociedade.
Até que haja a decisão do juiz, a sociedade terá contato com dois Cursinho da Poli:
- um, dirigido pela Fundação PoliEducar, que tem mais de sete mil alunos por ano e cobra mensalidades que variam de 193 a 334 reais, valores comparáveis aos cursinhos comerciais mais tradicionais do país (o número de parcelas sempre é maior que o número de meses em que o aluno possui aulas efetivas). A aprovação nos vestibulares é de 10% de seus alunos.
- outro, o Cursinho da Poli , com uma estrutura inicial menor, sem cobrança de mensalidades e em sintonia com os objetivos sociais pelas quais foi criado. O objetivo é voltar a atingir o índice de aprovação de 30% dos alunos em universidades públicas.
Ligações externas
- Associação Amigos do Cursinho da Poli
- Site do Cursinho da Poli - USP do Grêmio Politécnico (Refundado)
- Site do Cursinho da Poli (Comercial)