Duarte Correia Vasqueanes

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Duarte Correia Vasqueanes foi filho de Gonçalo Correia da Costa e Maria Ramires, sua segunda mulher. Era irmão de Salvador Correia de Sá, dito o velho e de Martim Correia, morto em 8 de janeiro de 1648. Foi governador do Rio de Janeiro por três vezes, sendo duas interinamente, quando se afastava seu sobrinho Salvador Correia de Sá e Benevides. Morreu no Rio de Janeiro a 23 de maio de 1650, provavelmente com mais de 80 anos.

Foi conceituado e benquisto pela população. Ativo sertanista que entendia de mineração, foi nomeado pelo irmão em 10 de outubro de 1616 Provedor das Minas de São Paulo, delegando-lhe todos os poderes.

Haviam chegado juntos a São Paulo em junho de 1616, com Martim Correia de Sá, o filho predileto de Salvador, seu outro filho Gonçalo Correia de Sá, Alexandre Nunes Moreira, escrivão da administração das minas, e Baltazar de Seixas Rabelo, capitão-mor vicentino. Em julho, Pedro de Morais foi nomeado meirinho das Minas que Salvador intitulava «de Piratininga».

Em 15 de agosto de 1618 sucedeu a Duarte Correia Vasqueanes como provedor das Minas desde 10 de outubro de 1616, o velho Diogo Arias de Aguirre, que seria em 1622 sucedido por Martim Correia de Sá.

Governador interino do Rio de Janeiro, 1642-1643.

Seria governador efetivo do Rio de 1645 a 1648, quando da ausência do sobrinho ilustre e de novo interino em 1648-1649. Depois da morte de Luís Barbalho Bezerra, a 10 de junho de 1644 tomou posse no governo interino do Rio Francisco de Soutomaior, mestre-de-campo de um dos Terços da Bahia, mandado pelo Governador Geral Antônio Teles da Silva suceder a Luís Barbalho Bezerra, vindo «prevenido com uma das melhores companhias do seu Terço, o que fazia número ao todo de 110 soldados». Partiu a 8 de maio de 1645 para socorrer Angola e comentou um cronista: «vai muito bem aviado.»

Mas em 6 de agosto Carta Real aprovava e confirmava a eleição de Duarte Correia Vasqueanes para o governo interino, de modo que tomou posse em 8 de maio de 1645. Havia tantas desordens no Rio que em 27 de setembro de 1644 um alvará real foi publicado «para atalhar desordens e inquietações e evitar os danos» e explicando que, «sucedendo falecer o Capitão-Mor e Governador e não havendo vias por que eu (o Rei) declare a pessoa que o há de suceder, possam os oficiais da Câmara eleger a pessoa q mais idônea lhes parecer.» Ampliavam-se assim as atribuições da Câmara, obtendo a faculdade de eleger o governador, em falta de via que declarasse a sucessão.

Portugal reviveu o velho assunto das esmeraldas, pensando em Marcos de Azeredo Coutinho. A 7 de dezembro de 1644 o Rei escreveu a D. Francisco de Souto Maior, capitão-mor e governador do Rio, para se entender com afinco e prontidão no serviço dos descobrimentos, por-se em comunicação com Salvador Correia e ambos, por intermédio do Padre Francisco de Morais, deram principio à materia em acordo com os filhos de Marcos de Azeredo, Antônio e Domingos, que haviam andado com o pai e guardavam seu roteiro.

A 21 de dezembro de 1644 uma Carta Real designou Duarte Correia Vasqueanes governador, em substituição a Francisco Souto Maior, que tentaria reconquista de Angola.

Desde 16 de maio de 1644 recebera alvará com foro de cavaleiro fidalgo, sem dúvida obtido pelo sobrinho, que no mesmo ano lhe conseguira o hábito de Cristo.

[editar] Casamento e posteridade

Casado no Rio de Janeiro com Marta Borges, teve dois filhos e quatro filhas.

• 1 - Martim Correia Vasqueanes
• 2 - Salvador Correia Vasqueanes. Ambos se distinguiram em serviços militares na Bahia, Pernambuco e e no Reino.
• 3 - Teve quatro filhas, professas em Lisboa no convento da Esperança.