José Ramos Horta
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José Manuel Ramos-Horta (nascido em Díli em 26 de Dezembro de 1949) é o actual Primeiro-Ministro de Timor-Leste, assumindo o cargo em 8 de Julho de 2006, após disrupções civis originárias em problemas étnicos. Foi previamente o Ministro de Negócios Estrangeiros de Timor-Leste desde a independência em 2002. Antes disto foi o porta-voz da resistência timorense no exílio durante a ocupação indonésia entre 1975 e 1999.
Nascido de mãe timorense e pai português (exilado em Timor), foi educado numa missão católica em Soibada. devido à actividade política pró-independência, esteve exilado por um ano (1970-71) durante a época colonial em Moçambique.
Considerado como moderado, ocupa o cargo de Ministro das Relações Exteriores no governo autoproclamado em 28 de Novembro de 1975, apenas com 25 anos de idade. Deixou Timor-Leste apenas três dias antes da invasão indonésia, em viagem até Nova Iorque para apresentar às Nações Unidas o caso timorense. Aí expõe a violência perpretada pela Indonésia na ocupação do território, tornando-se o representante permanente da Fretilin na ONU nos anos seguintes.
Em Dezembro de 1996, José Ramos Horta partilha o Prémio Nobel da Paz com o compatriota Bispo Carlos Filipe Ximenes Belo. O Comité Nobel laureou-os pelo contínuo esforço para terminar com a opressão vigente em Timor-Leste, esperando que o prémio despolete o encontro de uma solução diplomática para o conflito em Timor-Leste com base no direito dos povos à autodeterminação.
José Ramos Horta estudou Direito Internacional na Academia de Direito Internacional da Haia, na Holanda (1983) e na Universidade de Antioch (E.U.A.) onde completou o mestrado em Estudos da Paz (1984), bem como uma série de outros cursos de pós-graduação sobre a temática do Direito Internacional e da Paz.
Em 2003, José Ramos Horta apoiou a invasão do Iraque pelas tropas anglo-norte americanas, criticando o regime ditatorial de Saddam Hussein e a Al Qaeda, lembrando que Osama bin Laden tinha justificado o ataque terrorista de Bali entre outros argumentos com o facto de Timor-Leste ter sido supostamente vítima de ataques contra o islão pelos países ocidentais (a Indonésia tem a maior população islâmica no mundo).
No fim de Junho de 2006, renunciou ao cargo de Ministro de Negócios Estrangeiros e da Defesa ao saber que o questionado Primeiro-Ministro Mari Alkatiri permaneceria no cargo.
Em 8 de Julho de 2006, assumiu o cargo de Primeiro-Ministro junto com Estanislau da Silva, como vice-primeiro-ministro, e Rui Araujo como segundo vice-primeiro-ministro.
José Ramos-Horta é apontado pela imprensa portuguesaa como um dos sucessores de Kofi Annan no cargo de secretário-geral da ONU. Ramos-Horta não confirmou o seu interesse no cargo, mas também não excluiu a hipótese.
[editar] Apontadores
- Promover a guerra para salvar pessoas Texto de Ramos Horta em 21 de maio de 2004
Vencedor do Prémio Nobel de Paz de 1996 |
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Precedido por: Józef Rotblat |
Prémio Nobel da Paz 1996 |
Sucedido por: Jody Williams |