Vapor Babitonga
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O vapor Babitonga foi um barco de transporte que operou na Baía da Babitonga, no estado de Santa Catarina (Brasil nos finais do século XIX e inícios do século XX.
Construído na Europa, casco de aço, motor com caldeira tendo como combustível lenha, com 13 metros de comprimento e o nome de "Vedette", foi transportado da França até o Rio de Janeiro, no convés de outro navio.
Foi lançado às águas na baía de Guanabara, veio costeando o litoral brasileiro até São Francisco do Sul e ali foi rebatizado com o nome de "Babitonga", homenageando a bela baía por onde iria navegar até Joinville, transportando passageiros e mercadorias.
O calendário marcava o ano de 1888, mês de maio, quando o Babitonga fez sua primeira viagem, levando passageiros e bagagens, com destino ,a Joinville. Jornal da época, registra o fato, "mostrou-se como embarcação de marcha veloz, fazendo a ida de São Francisco do Sul com 30 passageiros a bordo, em duas horas e meia e a vinda de Joinville em apenas duas horas"
De propriedade do Sr. Frederico Bruestlein, Administrador de Joinville, recebeu da Presidência da Provincia a concessão necessária, fundou a Empresa de Navegação a vapor, abrindo perspectiva da comunicação entre Joinville e São Francisco do Sul.
Assim, no dia 1 junho de 1888, apareceu o seguinte edital nos jornais Gazeta de Joinville e Colonie-Zeitung: "A Empreza de Navegação a Vapor entre São Francisco do Sul e Joinville faz sciente ao respetável público que pretende principiar a correr no dia 2 de Junho o seu serviço.
O Babitonga esteve em atividades até a década de 1930, foi aposentado na Praia de Paulas, depredado e enferrujado, desapareceu completamente esquecido, depois de prestar relevantes serviços às duas cidades .
O seu comandante Otto Benack e seu ajudante e maquinista Otto Patzsch muito contribuiram junto com todos que tiveram a honra de nele terem viajado.
[editar] Nota biográfica sobre Otto Patzsch
Nasceu em Joinville, em 1871 e faleceu no ano de 1942. Filho de Carl Patzsch, herdou do pai o espirito aventureiro, encanjou-se cedo ao trabalho marítimo, fez escola marítima, empregando-se na primeira empreza maritima no transporte de mercadorias entre Joinville à São Francisco do Sul, no vapor Dona Francisca, até seu afundamento ocorrido por incêndio em sua caldeira.
No vapor Babitonga, atuou por muitos anos como maquinista (foguista) e com o afastamento de seu comandante Otto Benack, foi o navegador responsável por conduzir o Babitonga via fluvial pelo Rio Cachoeira, depois Lagoa do Saguaçú, e Baia da Babitonga até São Francisco do Sul. Trouxe de S Francisco, as mudas da Palmeira Real" plantadas na Alameda defronte a Maison dos Principes. Partissipou dos trabalhos na medição da profundidade dos Canal da Babitonga, ate' Joinville e da Rota Sul, via canal do Linguado. Trabalhou na firma Empreza Angelo Vercesi, então proprietária do Vapor Babitonga.