Veículo Lançador de Satélites
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O Veículo Lançador de Satélites ou o VLS é uma família de foguetes desenvolvidos no Brasil, com a finalidade de colocar um satélite em órbita da Terra. Existem dois modelos; o VLS-1 e o VLS-2. Esta família de foguetes foi precedida pelos foguetes Sondas.
Estes foguetes são montados e lançados na Centro de Lançamento de Alcântara, situada no estado do Maranhão.
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[editar] História do VSL-1
O VLS-1 começou a ser desenvolvido em 1985 e já passou por dois testes em vôo em 1997 e em 1999. A previsão é de que o VLS seja qualificado com quatro testes em vôo.
O Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE) do Centro Técnico Aeroespacial (CTA) desenvolveu, a partir de 1966 uma família de foguetes de sondagem da série Sonda.
O aperfeiçoamento crescente da tecnologia espacial permitiu o desenvolvimento do VLS, em que o primeiro estágio é constituído de quatro propulsores iguais, do tipo de S-43, que operam simultaneamente e é similar ao primeiro estágio do foguete Sonda IV, foguete pertencente a última série da família Sonda.
O propulsor do segundo estágio é idêntico ao do primeiro estágio, a menos da sua tubeira móvel. O propulsor do terceiro estágio é do tipo S-40, também equipado com tubeira móvel e é oriunda do primeiro estágio do foguete Sonda IV. O propulsor S-44 do quarto estágio foi construído com fibra de carbono, possui tubeira fixa e é o responsável pelo último incremento de velocidade e que injeta o satélite em órbita.
O veículo dispõe de baia de equipamentos para acomodar sistemas para o abasculamento do veículo, controle e guingem, rotação do quarto estágio, equipamentos de bordo tais como transponder, telemetria, teledestruição, etc.
Com capacidade para colocar em órbitas baixas satélites de até 350 kg a altitudes elevadas de 250 a 1.000 km, o VLS 1 permitirá a consolidação de tecnologia indispensável à satelização de engenhos espaciais de significativa importância para o país.
[editar] Vôos
Foram previstos quatro vôos de qualificação antes do foguete estar considerado apto a participar mais ativamente do programa espacial.
Em seu vôo inaugural do primeiro protótipo do Veículo Lançador de Satélites, denominado VLS-1 V01, em novembro de 1997, na operação denominada Brasil, o primeiro protótipo do VLS-1 foi lançado a partir do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), transportando o SCD-2A, um Satélite de Coleta de Dados. Contudo, durante os primeiros segundos de vôo, devido a uma falha na ignição em um dos propulsores do 1º estágio, houve a necessidade de acionar em solo o comando de autodestruição.
Pouco mais de 2 anos depois, em dezembro de 1999, a operação Almenara foi realizado o segundo vôo de qualificação, levando a bordo do VLS-1 V02 um satélite científico desenvolvido pelo INPE, o SACI 2. Novamente, uma falha também no sistema pirotécnico, porém no 2º estágio, ocasionou a explosão deste, havendo a necessidade de autodestruição por telecomando.
No dia 22 de Agosto de 2003, o VLS-1 V03 da operação denominada de São Luís, explodiu provocando um acidente por volta das 13h30 na base de Alcântara, no Maranhão, três dias antes do seu lançamento, matando 21 técnicos.
Seria o terceiro vôo de qualificação. Dois satélites científicos de tecnologia nacional. O SATEC, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais e o UNOSAT, da Universidade Norte do Paraná, foram destruídos.
[editar] Montagem do Foguete
As partes do VLS-1 como motores, baia, coifa, são montadas no Centro Técnico Aeroespacial (CTA) e transportadas, por avião, em containers, para o Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), que são depositados no hangar de preparação do veículo.
Após inspecionadas, as partes são transportadas para a plataforma de lançamento e montadas com o auxílio da Torre Móvel de Integração (TMI) a qual possui, na sua parte superior uma sala limpa, que permite a montagem final do satélite e o fechamento da coifa.
Após os testes finais, no processo de preparação para o lançamento, a TMI é deslocada sobre trilhos e o foguete fica pronto para o lançamento. Na fase final do processo de preparação os testes são controlados a partir da casamata e o lançamento a partir do Centro de Controle. O CLA conta com equipamentos de telemedidas, de rastreamento e de meteorologia, dentre outros, para o acompanhamento e avaliação do vôo.
[editar] Características do foguete VLS
É um veículo lançador de satélites que utiliza motores-foguetes carregados com propelente sólido do tipo composite (perclorato de amônio, alumínio em pó e polibutadieno) em todos os estágios, com capacidade para colocar satélites de até 350kg em órbitas baixas que variam de 250 a 1.000 km e com várias possibilidades de inclinações quando lançado do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA).
- O VLS-1 é composto de sete grandes subsistemas:
- Primeiro estágio (quatro motores), segundo estágio, terceiro estágio, quarto estágio, coifa ejetável, redes elétricas e redes pirotécnicas.
As suas principais características são:
- - Número de estágios: 4
- - Comprimento total: 19,7 m
- - Diâmetro dos propulsores: 1 m
- - Massa total: 50 T
- - Massa de propelente do 1º estágio: 28,6 T (4 propulsores S 43)
- - Massa de propelente do 2º estágio: 7,2 T (1 propulsor S 43)
- - Massa de propelente do 3º estágio: 4,4 T (1 propulsor S 40)
- - Massa de propelente do 4º estágio 0,8 T (1 propulsor S 44)
- - Carga útil (média): 200 kg
- - Órbita média: 750 km
- - Propelente Sólido Perclorato de Amônio, Polibutadieno e Alumínio pó.
Os quatro motores do primeiro estágio têm cerca de nove metros de altura. No total, o VLS tem 19,4 m
[editar] Veículo Lançador de Microssatélite
Encontra-se em fase de estudos de definição e desenvolvimento e qualificação de seus sistemas e subsistemas, que serão testados no foguete de sondagem VS-43, o Veículo Lançador de Microssatélite, denominado VLM, para atendimento às missões de injeção em órbita de satélites até 100 Kg.
O VLM será um veículo de quatro estágios, que tomará como base a parte central do VLS-1, os 2º, 3º e 4º estágios do VLS-1, acrescido de um 4º estágio e lançado da mesma plataforma do VLS-1.
[editar] VSL-2
Também encontra-se em fase de projeto um lançador de satélites de médio porte, denominado VLS-2, que tem como objetivo, inicialmente, colocar satélites em órbitas baixas e, subseqüentemente, em órbitas média e geoestacionária. O VLS-2, agora chamado Alfa, é um VLS-1 com o terceiro e o quarto estágio substituídos por um estágio de combustível líquido.
[editar] Veja também
- Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais
- Exploração espacial
- Centro de Lançamento de Alcântara
- Foguete brasileiro
- Acidente de Alcântara