Viação Aérea São Paulo

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Viação Aérea São Paulo (VASP)

IATA VP	ICAO VSP	Callsign Vasp
Fundada em		1933
Encerrou atividades em		2005
Principais centros de operações		Aeroporto Internacional de Congonhas
Companhia administradora		Grupo Canhedo
Sede		São Paulo
Pessoas importantes		CEO: Wagner Canhedo

Viação Aérea São Paulo ou VASP é uma empresa de aviação comercial brasileira com sede na cidade de São Paulo.

[editar] Histórico

A VASP foi criada em 1933 por um grupo de empresários paulistas que não conseguiram manter o negócio por muito tempo, sendo logo a empresa comprada pelo Estado de São Paulo. Por ser uma época de pioneirismo, a infra-estrutura aeroportuária era precária no Brasil.

Com a construção do aeroporto de Congonhas, iniciou-se a linha aérea Rio-São Paulo, com aviões alemães Junkers Ju 52, e os vôos deixaram de ser operados do Campo de Marte.

[editar] Expansão das atividades

Com o final da Segunda Guerra Mundial e novos aviões Douglas DC-3, os destinos ampliaram-se e a VASP se tornou uma das principais companhias aéreas brasileiras.

Na década de 60, a empresa adquiriu aviões BAC One Eleven britânicos e YS-11 japoneses.

[editar] Privatização

Com a crise econômica da década de 1980, a chamada "década perdida" no Brasil, o governo do estado de São Paulo não tinha mais recursos para investir na empresa, e a VASP foi privatizada durante o governo estadual de Orestes Quércia. Os novos donos eram Wagner Canhedo, do Grupo Canhedo, e funcionários da companhia, todos com um total de mais de 60% das ações. Em 1995, a VASP comprou 50% da Lloyd Aereo Boliviano, vendendo estas mesmas ações para investidores bolivianos em 2001.

[editar] Crise financeira

Foram criadas rotas internacionais, mas devido a problemas administrativos e de gestão, suas dívidas se tornaram cada vez maiores, com o não pagamento de taxas à Infraero (estatal que administra os aeroportos brasileiros) e ao INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). Além disto, sua frota permanecia antiga, com quase metade dos aviões Boeing com 30 anos de serviço, fazendo com que os custos de manutenção se tornassem maiores, e conseqüentemente diminuindo sua competitividade no mercado, principalmente com a entrada da primeira empresa aérea low-cost, low-fare no Brasil, a GOL Transportes Aéreos, em 2001.

Alguns acidentes, falhas mecânicas e problemas com a pontualidade e regularidade dos vôos no início de 2004 foram um prenúncio da nova fase da empresa. Uma greve dos funcionários pelo pagamento dos salários ocorreu pouco tempo antes do último vôo comercial ao final do ano.

Em janeiro de 2005, o Departamento de Aviação Civil (DAC), órgão governamental brasileiro responsável pela regulamentação do setor aeronáutico e concessão do espaço aéreo a empresas privadas, não permitiu a VASP de realizar vôos comerciais devido a insustentabilidade da situação financieira vivenciada pela companhia. Ações legais fizeram com que a Justiça do Trabalho indisponibilizasse todos os bens para que pudessem ser pagas todas as dívidas trabalhistas, entre contribuições ao INSS e salários atrasados. Um acordo foi alinhavado, mas a empresa que iria depositar R$ 40 milhões na justiça como caução para o pagamento de dívidas trabalhistas não existia. Com isso, foram penhorados R$ 75 milhões, vencendo o prazo para que a VASP pudesse renovar sua concessão junto ao DAC como uma empresa aérea regular.

Com isso, foi decretada intervenção federal, sendo o grupo Canhedo afastado da administração da empresa. Na mesma época, houve denúncias de roubo de material.

[editar] Recuperação judicial

A empresa está em processo de recuperação judicial desde 1 de julho de 2005, para que tenha alguma possibilidade de retornar suas operações.

A VASP realizou em 26 de julho de 2006 uma assembléia de credores, quando foi aprovado o plano de recuperação da empresa, com previsão de retomar as atividades com cargas e passageiros dentro de um prazo de 8 a 10 meses, com 12 novas aeronaves, adquiridas por meio de leasing. O juiz homologou no dia 24 de agosto de 2006 o seu plano de recuperacao judicial, reafirmando a empresa retomar suas atividades dentro de um período de 8 a 10 meses.