William Jones
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Sir William Jones (28 de setembro de 1746, Londres - 27 de abril de 1794 em Calcutá) foi um orientalista e jurista britânico, e desde 1783 juiz da Corte Suprema de Calcutá. Jones ficou conhecido por seu trabalho com as línguas indo-européias, ao lançar a hipótese de que elas teriam uma origem comum.
[editar] Contribuições
De todas as suas descobertas, Jones é mais conhecido hoje em dia por ter feito e propagado a observação de que o sânscrito tinha uma certa semelhança com o grego e o latim. Em The Sanscrit Language (O Sânscrito) (1786) ele sugeriu que as três línguas tinham uma raiz comum, e que elas ainda poderiam estar relacionadas com o gótico e com as línguas celtas, bem como com o persa.
Seu terceiro discurso, publicado em 1798, é freqüentemente citado como o marco inicial da Lingüística comparada e dos estudos sobre o indo-europeu. Essa é a famosa citação de Jones, estabelecendo sua tremenda descoberta na história da Lingüística:
- The Sanscrit language, whatever be its antiquity, is of a wonderful structure; more perfect than the Greek, more copious than the Latin, and more exquisitely refined than either, yet bearing to both of them a stronger affinity, both in the roots of verbs and the forms of grammar, than could possibly have been produced by accident; so strong indeed, that no philologer could examine them all three, without believing them to have sprung from some common source, which, perhaps, no longer exists ...
- O sânscrito, quão antigo possa ser, tem uma estrutura maravilhosa; mais perfeito do que o grego, mais rico do que o latim e mais rafinado do que os dois, ainda que mantendo com ambos uma grande afinidade, tanto na raiz dos verbos como nas formas gramaticais, que dificilmente poderia ter acontecido por acidente; tão grande, na verdade, que nenhum filólogo poderia examinar as três línguas sem acreditar que as três tivessem uma origem comum que, talvez, não exista mais...
Apesar de o neerlandês Marcus Zuerius van Boxhorn (1612–1653) e outros já saberem que o persa antigo pertencia ao mesmo grupo de línguas que as línguas européias desde a metade do século XVII, e que o estado-unidense Jonathan Edwards Jr., publicado em 1787, tivesse demonstrado que as famílias de línguas algonquina e iroquesa (famílias, não simplesmente línguas) estivessem relacionadas (com material de apoio, que Jones não tinha), a descoberta de Jones realmente popularizou a família de línguas indo-européias e foi, talvez, o primeiro uso importante da Filologia comparada.