História da Indonésia
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Encontram-se vestígios no arquipélago indonésio que indiciam a presença humana desde o período do Neolítico, embora o conhecimento preciso da História da Indonésia remonte ao princípio da Era Cristã, altura em que se iniciou o relacionamento comercial entre os diferentes reinos do arquipélago com a China e a Índia, relacionamento esse que abriu as portas às influências hinduístas e budistas. Mais tarde, com a chegada de navegadores árabes provenientes do Omã e Índia, o islamismo chegou ao arquipélago, por volta do Século X, e com ele, a expansão do Ummah Islâmico. Quando o califado passou para as mãos dos Otomanos, foi iniciado um grande câmbio cultural entre as duas partes do oceano Índico e entre o Atlântico e o distante oceano Pacífico. Com a derrota dos sefávidas em Tabriz e a aliança com os Moguls na Índia, os otomanos abriram as portas para o extremo oriente, e as fecharam diante do ocidente. O bloqueio comercial otomano provocou uma incasável busca por um caminho para as terras onde eram produzidas as especiarias. Quando os europeus ali chegaram em princípios do século XVI (em 1511, Francisco Serrão juntamente com António de Abreu chegam as Ilhas Molucas), e começaram a lutar contra os diversos sultanatos islâmicos(coisa que encaravam quase que como uma cruzada, uma vez que tais sultanatos eram submetidos economicamente e culturalmente, apesar da imensa distância, ao califado otomano) na sua vontade de monopolizar o comércio das especiarias. Após a morte do Solimão(Momento em que o califado acabou dividido em 3), o caminho ficou livre para a Companhia Holandesa das Índias Orientais a conseguir estabelecer-se na região, sediando o seu domínio em Batávia (actual Jacarta). A colonização holandesa, que só se completou no final do século XVII, começou a ser posta em causa a partir de 1927, com a formação do Partido Nacionalista Indonésio, liderado por Sukarno.
Durante a Segunda Guerra Mundial, a Holanda, que foi ocupada pela Alemanha, perdeu a sua colónia para os japoneses. Com o fim da guerra, Sukarno, que tinha cooperado com os japoneses, declarou a independência da Indonésia, mas os aliados apoiaram o exército holandês a tentar recuperar a sua colónia. A guerra pela independência, denominada Revolução Nacional Indonésia, durou 4 anos e, sob pressão internacional, a Holanda foi forçada a reconhecer o novo país.
Nos anos 50 e 60, Sukarno alinhou pelo socialismo e entrou em guerra com a Malásia. Em 1965 deu-se uma tentativa de golpe de estado e o general Suharto, que tinha ajudado a conter o golpe, tomou o poder depois de grandes massacres. Suharto foi reeleito 5 vezes e governou o país com a ajuda dos militares mas, com a crise económica asiática de 1997, o país voltou à rebelião e o presidente foi obrigado a renunciar e entregou o poder ao seu Vice-Presidente, B. J. Habibie. No entanto, nas eleições de 1999, Habibie perdeu-as para Megawati Sukarnoputri, filha de Sukarno, que não chegou a ser empossada, tendo sido substituída pelo seu partido político por Abdurrahman Wahid. A crise de Timor-Leste virou as cartas e Megawati voltou à presidência em 2001. Em 2004, nas primeiras eleições directas, foi eleito o actual presidente, Susilo Bambang Yudhoyono.
A 26 de Dezembro desse mesmo ano, uma catástrofe natural abalou o país. Nesse dia, registou-se o maior terramoto dos últimos tempos (8,9 graus da escala de Richter) com epicentro ao largo da ilha indonésia de Samatra. Este sismo originou maremotos que assolaram a costa de vários países do sudeste asiático, como o Sri Lanka (o mais afectado), seguido da própria Indonésia, Índia, Tailândia, Malásia, Maldivas e Bangladesh, tendo provocado milhares de mortos e de desalojados.