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Linha 4 do Metrô de São Paulo - Wikipédia, a enciclopédia livre

Linha 4 do Metrô de São Paulo

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

A Linha 4 - Amarela do Metrô de São Paulo compreende o trecho definido pelas estações Luz e Vila Sônia. Esta linha atualmente está em construção, com entrega das obras previstas gradualmente entre 2009 e 2013.

Linha 4 - Amarela

Índice

[editar] Histórico

Exemplo de Portas de acesso à plataformaMetrô de Paris
Exemplo de Portas de acesso à plataforma
Metrô de Paris

Idealizada desde os anos 40, o traçado da Linha 4 - Amarela esteve presente em todos os estudos para implantação do metrô em São Paulo desde então.

Seu traçado se consolida em 1968, quando dos estudos iniciais para implantação da atual rede de metrô, recebendo, naquela ocasião, o nome de "Linha Sudeste-Sudoeste". Em forma de "parábola", conectaria os bairros de Pinheiros e Sacomã, passando pelo Centro, cortando a linha Leste-Oeste do Metrô nas estações República e Pedro II, e a linha Norte-Sul entre São Bento e Luz (onde haveria a estação Senador Queirós).

A consolidação do projeto ocorreu apenas em 1993, quando o primeiro projeto básico foi elaborado, já não constando mais o trecho Sudeste, incorporado a outras diretrizes de expansão do metrô e melhorias dos trens metropolitanos. A construção do Expresso Tiradentes (antigo Fura-Fila), projetado na gestão do prefeito Celso Pitta e com o primeiro trecho entregue em 2007, reforçou ainda mais a intenção de se construir a Linha 4 somente no vetor sudoeste da cidade, a partir da estação da Luz.

Plataformas de integração chegaram a ser construídas nas estações República e Pedro II, mas foram subutilizadas. As plataformas da estação República terão de ser demolidas para a passagem do Shield, equipamento que está construindo o túnel da Linha 4 entre as estações Faria Lima e Luz; a da estação Pedro II se transformou em um depósito.

Ainda na década de 1990, o Metrô cogitou levar a Linha 4 até a Estação Tatuapé, com a intenção de desafogar a Linha 3 - Vermelha. Essa idéia, no momento, está descartada, tendo sido substituída por uma possível expansão da Linha 2 - Verde até a referida estação.

A linha em construção integrará com as linhas 1-Azul, 2-Verde e 3-Vermelha do Metrô nas estações Luz, Paulista e República, respectivamente, servindo as regiões de Vila Sônia, Morumbi (norte), Butantã, Pinheiros, Jardins, Avenida Paulista, Higienópolis, Consolação, República e Luz. Com "Portas de Plataforma", que é um tubo de acrílico que separa os usuários da via, evitando acidentes. Sistema semelhante opera na linha 14 do Metrô de Paris - METEOR. Os trens serão de 6 carros, via alimentação catenária (aérea).

Entre as estações Butantã e São Paulo-Morumbi, estava prevista a construção da Estação Três Poderes. Os moradores desta região, temendo um considerável aumento no movimento de pessoas nas cercanias e a perda da tranqüilidade do bairro protestaram contra o terminal de ônibus. Não havendo demanda suficiente para a estação sem o terminal, a estação foi retirada do projeto.

Existem ainda estudos para a implantação de um terminal rodoviário de média capacidade integrado à estação Vila Sônia, que abrigaria linhas com destino ao Vale do Ribeira (sul do Estado de São Paulo) e à Região Sul do país (exceto Oeste do Paraná). Esse terminal representaria uma economia de cerca de uma hora de viagem (ou mais), relativa ao deslocamento dos ônibus pelo trecho urbano da Capital do Terminal Rodoviário Tietê e Terminal Rodoviário Barra Funda (Interestadual) até o início da Rodovia Régis Bittencourt, evitando-se o tráfego pelas marginais Tietê e Pinheiros, que possuem trânsito carregado na maior parte do dia.

Existirá ainda um terminal urbano de ônibus junto a estação Butantã que abrigará as linhas vindas da USP(Cidade Universitária), Jardim Bonfiglioli, e outros bairros que se localizam ao redor da rodovia Raposo Tavares, além de linhas metropolitanas controladas pela EMTU.

A construção será executada em três fases:

  • Construção dos túneis entre Luz e o Pátio da Vila Sônia, mais as estações de integração (Luz, República, Paulista, e Pinheiros) e as estações Faria Lima e Butantã e a operação da linha com 14 trens, integrando o metrô e a CPTM;
  • Construção das estações Vila Sônia, Morumbi, Fradique Coutinho, Oscar Freire e Higienópolis, intermediárias do trecho Luz ↔ Vila Sônia, com a incorporação de mais 15 trens, totalizando 29 trens;
  • Extensão operacional Vila Sônia ↔ Taboão da Serra realizada por ônibus gratuitos.

[editar] Características

[editar] Estações

A construção se aproveitará do método construtivo, e serão utilizados os túneis de escavação criados para a construção da estação, que depois se tornarão os acessos à estação e/ou saídas de ventilação.

Sigla* Estação Integração Plataformas Posição Notas
LUZ Luz Linha 1 - Azul, Linhas 7, 10 , 11 - Expresso Leste da CPTM Laterais Subterrânea Inauguração prevista para 2010
REP República Linha 3 - Vermelha Laterais e Central Subterrânea Inauguração prevista para 2010
Higienopólis - Mackenzie Linha 6 Laterais Subterrânea Inauguração prevista para até 2013 chamava-se apenas higienópolis até 2006
Paulista Linha 2 - Verde Laterais Subterrânea Inauguração prevista para 2009
Oscar Freire Laterais Subterrânea Inauguração prevista para até 2013
Fradique Coutinho Laterais Subterrânea Inauguração prevista para até 2013
Faria Lima Terminal de Ônibus Laterais Subterrânea Inauguração prevista para 2009
PIN Pinheiros Linha 9 - Esmeralda. Laterais Subterrânea. Inauguração prevista para 2010
Butantã Terminal urbano Laterais Subterrânea Integrada através de ônibus com o campus da USP-Inauguração prevista para 2009
São Paulo - Morumbi Terminal urbano Laterais e Central Subterrânea Inauguração prevista para até 2013
Vila Sônia Extensão de ônibus para Taboão da Serra; Terminal de ônibus da SPTrans e EMTU Laterais Subterrânea Está em fase final de projeto - Inauguração prevista para 2010

[editar] Composições e trilhos

O consórcio ganhador da concessão da linha 4 já foi escolhido e chama-se ViaQuatro. Eles deverão obedecer o edital da parceira público-privada que determina como serão os trens que irão operar na linha 4: deverão ter bitola internacional, de 1435mm, ao invés da bitola larga (1600mm) presente nas linhas 1, 2 e 3, e alimentação via catenária (aérea), como na linha 5-Lilás. A tensão será de 1500 volts.

Os trens contarão com saída de emergência pela frente e traseira do trem, onde a máscara frontal do trem irá se abaixar, abrindo passagem e ainda criando uma rampa pela qual os passageiros poderão descer e andar, pelos trilhos, até a próxima estação. Também por isso, o espaço entre os trilhos ficará desimpedido, para evitar acidentes em uma evacuação. Além isso, não haverá passarelas laterais nos trechos entre as estações, como nas outras linhas. Então, para os passageiros dos vagões intermediários poderem sair, eles irão utilizar a passagem livre entre os trens, o chamado salão único, onde não há porta que impeça a passagem entre os carros (vagões).

Graças aos novos sistemas de controle dos trens, o headway (intervalo médio entre os trens) será o menor do mundo, com 75 segundos. Atualmente a linha com o menor headway no país é a Linha 3 - Vermelha, com 101 segundos - o terceiro menor do mundo.

[editar] Parceria público-privada

Esta será a primeira linha de metrô no Brasil a ser operada por meio do regime de parceria público-privada. Será concedida à iniciativa privada o direito de explorar a linha durante 30 anos, quando então deverá ser devolvida ao governo do Estado, mas a tendência é que isso não aconteça, ou o contrato será renovado ou outra empresa privada administrará a linha. Tal parceria gerou indignação de funcionários do metrô contra o que consideraram uma "privatização", a ponto de terem provocado uma greve no dia 15 de agosto de 2006. Apesar do apoio popular, esta greve não obteve resultados e o projeto inicial foi mantido, sem alterações.

A Parceria Público-Privada funcionará da seguinte maneira:

  • O governo do Estado investirá mais de US$ 922 milhões, ou 73% dos recursos, enquanto a iniciativa privada investirá US$ 340 milhões, 27% do total;
  • O consórcio terá a concessão da linha por 30 anos, tendo controle operacional dela e recebendo o faturamento da mesma;
  • O Metrô abrirá mão de todo o rendimento dos empreendimentos associados nas estações e arredores, tais como lojas, shoppings, estacionamentos, publicidades dentre outros durante a validade da concessão;
  • O Metrô pagará o lucro prometido, caso a arrecadação tarifária não atinja a meta estabelecida de 20%, durante toda a concessão;

Além desses termos, o edital da PPP ainda define a padronização da linha e o pagamento de excedentes:

  • Caso o lucro seja superior a 20% à estimativa, o consórcio deverá pagar ao governo o lucro excedente durante toda a concessão.
  • A linha deverá atender aos mesmos padrões de excelência do metrô nos quesitos operacionais, de limpeza e segurança.
  • A tarifa cobrada na linha 4 será a mesma das outras linhas do metrô.

[editar] Acidentes

Wikinews
O Wikinews tem uma ou mais notícias relacionadas com este artigo: Obra no metrô de São Paulo desaba

Durante a construção da linha 4, em 12 de janeiro de 2007, foi registrado o mais grave acidente da história do metrô de São Paulo. Grande parte do túnel de acesso da construção da estação Pinheiros desmoronou, abrindo uma cratera de mais de 80 metros de diâmetro. Sete pessoas morreram no acidente. Várias casas condenadas e diversos carros foram engolidos pela cratera, inclusive um microônibus que passava na região no exato instante do acidente.

A linha 4 está sendo construida por um Consórcio que reúne as construtoras Andrade Gutierrez, Camargo Correa, OAS, Queiroz Galvão e Norberto Odebrecht.

Após esse acidente, a linha ganhou má fama, tendo, inclusive, potenciais usuários dizendo que nunca utilizariam a linha com medo que ela desabasse novamente, e preferiam gastar entre 1h e 1h30 indo de ônibus pelo corredor Campo Limpo-Rebouças-Centro (corredor esse que faz o mesmo trajeto da futura linha), do que gastar 20 ou 30 minutos utilizando o metrô, mas "correndo risco que ele desabasse novamente"[carece de fontes?]


Logo na seqüencia do acidente de Pinheiros, a revista Época, junto a TV Globo fizeram uma serie de denúncias que provaram-se falsas acerca da segurança das demais estações da linha, com destaque especial para a estação Fradique Coutinho, também no bairro de Pinheiros, mas em uma região muito mais densa, onde uma cratera como a de Pinheiros teria feito muito mais vítimas.

As obras da linha ficaram então paradas por cerca de 2 meses, até que foi comprovado que a denúncia era falsa. Por causa dessas denúncias falsas, o cronograma geral da linha atrasou-se em cerca de 4 meses, e as obras da estação de Pinheiros só poderão ser reiniciadas após o fim das análises para descobrir a causa do acidente. A entrega do laudo está prevista para Agosto de 2008, 19 meses após o acidente, o que representa quase 2 anos de atraso nas obras da estação.

Alguns meses após o reinício das obras, houve um vazamento de túneis (quando duas frentes de trabalho, cada uma cavando um trecho do túnel se encontram), onde foi constatado um erro de 80cm entre os túneis, entre os VSE Caxingui e Tres Poderes. Isso, atualmente, representa um erro absurdo de engenharia, uma vez que a tolerância para túneis cavados em NATM (método utilizado nesse trecho) é de 2 cm, e, utilizando Shields, como o Megatatuzão utilizado nessa linha, a tolerância cai pra 0,5mm.

[editar] Ligações externas


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