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Madrid - Wikipédia, a enciclopédia livre

Madrid

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Nota: Para outros significados de Madrid, ver Madrid (desambiguação).
Madrid ou Madri
Madrid
Brasão de Madrid Bandeira de Madrid
Localização
Localização de Madrid ou Madri
Localização de Madrid ou Madri
Madrid ou Madri
Localização de Madrid ou Madri na Espanha

40° 23' 00" N 03° 40' 00" W40° 23' 00" N 03° 40' 00

Comun. Autónoma Madrid
Província Madrid
Dados
Área 607km²
População 3 162 304 hab. (INE 2004)
Densidade 5.210 hab./km²
Altitude 667 metros
Website www.munimadrid.es
Madrid
Município da Espanha

Madrid (português europeu) ou Madri (português brasileiro) , é a capital e a maior cidade de Espanha, tal como no município de Madrid e na Comunidade autónoma de Madrid. A cidade foi edificada nas margens do rio Manzanares, no centro do país. Devido à sua localização geográfica e histórica, é juntamente com Lisboa o centro financeiro e político da Península Ibérica.

No seguimento da restauração da democracia, em 1976, e a adesão à CEE, em 1986, a cidade de Madrid tem vindo a desempenhar um papel importante na economia europeia, tornando-se num dos principais focos financeiros do Sul da Europa. O gentílico da cidade de Madrid é madrilenho (madrileño), e o actual presidente da câmara é Alberto Ruiz-Gallardón.

Índice

[editar] História

Ver artigo principal: História de Madrid
Muralha muçulmana em Madrid
Muralha muçulmana em Madrid

Apesar do local onde actualmente está situada a cidade ter tido ocupação humana desde a pré-história[1], e de no tempo do Império romano ter pertencido à diocese de Complutum (actualmente Alcalá de Henares), as primeiras referências históricas relevantes aparecem apenas no século IX. Durante o reinado de Muhammad I, foi mandado construir um pequeno palácio na localidade; hoje em dia, no sitio onde antes se erguia esse edifício, está o Palácio Real de Madrid. Em torno desse palácio desenvolveu-se uma povoação de pouco habitantes chamada al-Mudaina.

Perto do palácio, corria o rio Manzanares ao qual os muçulmanos chamaram al-Majrīṭ (árabe: المجريط, "fonte de água"). O nome evoluiu para Majerit, e mais tarde transformou-se em Madrid. A povoação foi conquistada em 1085 pelo rei Afonso VI de Castela, na investida militar que visava chegar à cidade de Toledo. A mesquita foi adaptada, e passou a ser uma igreja dedicada à Virgem de Almudena (almudin, o celeiro). Em 1329, as Cortes Generales instalaram-se na cidade aquando da estada de Afonso XI de Castela. Sefarditas e mouros puderam permanecer na cidade, tendo sido expulsos mais tarde no século XV[2].

Após um grande incêndio que destruiu parcialmente a cidade, o rei Henrique III de Castela (1379–1406) ordenou a reconstrução da mesma; o monarca ficou instalado num palácio no exterior da cidade, El Pardo.

[editar] Habsburgos e Bourbons

O reino de Castela, cuja capital era Toledo, e o de Aragão, com a capital em Saragoça, uniram-se formando a Espanha devido aos Reis Católicos (Isabel de Castela e Fernando II de Aragão)[2].

Em 1561, o rei Filipe II (1527–1598) mudou a corte de Sevilha para Madrid, tornando a cidade na capital de Espanha, apesar de não ter havido uma cerimónia que assinalasse esse facto. Sevilha continuava a controlar todo o comércio das colónias espanholas, mas Madrid controlava Sevilha [3].

Salvando um período, entre 1601-1606, em que o rei Filipe III transferiu a capitalidade para Valladolid, Madrid foi até hoje a capital de Espanha. Durante o Siglo de Oro (Século de Ouro), fim do século XVI e o princípio do XVII, Madrid era uma capital diferente das grandes capitais europeias, tanto em termos de população, que era bastante pequena para a importância da cidade, como também em termos económicos; a economia madrilenha dependia principalmente das Cortes, não existindo outras actividades económica relevantes[3].


[editar] Das Repúblicas à actualidade

Edifício Metropolis, na Gran Vía
Edifício Metropolis, na Gran Vía

No final do século XIX, a rainha Isabel II não conseguiu suster a tensão politíca o que culminou na Primeira República Espanhola. A república durou apenas dois anos, voltando-se novamente à monarquia. Mas a situação política não era estável, e em 1931 iniciou-se a Segunda República Espanhola; a esta seguiu-se a Guerra Civil Espanhola[3].

Madrid sofreu muito com a guerra; as ruas da cidade eram autênticos campos de batalha devido ao facto de ser um dos principais núcleos republicanos em Espanha. Durante esta guerra, foi alvo dos primeiros bombardeamentos aéreos contra civis da história da Humanidade. Mais tarde, já durante a ditadura de Francisco Franco, principalmente nos anos 60, o sul de Madrid tornou-se numa área muito industrializada e assistiu-se a um êxodo rural a grande escala que fez disparar a população da cidade.

Após o falecimento de Franco, os novos partidos políticos (incluindo os militantes de esquerda e os republicanos) aceitaram o desejo de Franco de ser sucedido pelo legítimo herdeiro ao trono de Espanha, Juan Carlos I, para que a estabilidade e democracia tivessem continuidade. Desta forma culminou-se na actual situação política espanhola, uma monarquia constitucional, cuja capital é Madrid[3].A prosperidade dos anos 80 fez com que a cidade consolidasse a sua posição no que diz respeito à economia, indústria, cultura, educação e tecnologia na Península Ibérica[3].

A 11 de Março de 2004 a cidade sofreu uma série de atentados com mochilas bomba em quatro comboios da rede Cercanías de Madrid. Os atentados, os maiores sofridos em Espanha e na União Europeia, levaram a vida a 191 pessoas e deixou mais de 1900 feridas[4]. Três anos após esse triste episódio os reis de Espanha inauguram na praça Carlos V um monumento comemorativo dedicado às vítimas do atentado. Em 2006, Madrid foi palco de mais um atentado terrosista, desta vez no Aeroporto Madrid-Barajas; foi da autoria da ETA. Tirou a vida a duas pessoas e feriu outras 19[5].

Madrid apresentou uma candidatura para realizar os Jogos Olímpicos de Verão de 2012, tendo no entanto perdido para a cidade de Londres. Contudo, o alcaide não cedeu e fez já com que fosse apresentada uma candidatura para os Jogos Olímpicos de Verão de 2016[6].

[editar] Turismo

Ver artigo principal: Turismo em Madrid

Madrid foi em 2006 a quarta cidade europeia mais visitada, e a primeira em Espanha; acolheu quase sete milhões de turistas esse ano[7]. A cidade é rica em arte e história, albergando alguns dos museus mais importantes do Mundo. Mas não só de arte vive a capital espanhola; o Palácio Real de Madrid, o Parque do Bom Retiro, a Catedral de Almudena, a Plaza de España e a Puerta del Sol são locais de elevado interesse turístico e histórico que todos os dias são visitados por centenas de pessoas. Outras dessas atracções são:

[editar] Plaza Mayor

A Plaza Mayor é um dos locais mais emblemáticos de cidade de Madrid. Situada no centro comercial da cidade, é uma praça portificada de planta rectangular completamente rodeada por edifícios. Existem ao todo nove entradas para a praça.

Foi construída durante o período Austríaco. Originalmente o seu nome era Plaza del Arrabal e foi projectada por Juan de Herrera, em 1581, a mando do rei Filipe II, com o fim de remodelar a caótica e atarefada zona. A construção começou só em 1617 durante o reinado de Filipe III. A obra foi deixada ao cargo de Juan Gómez de Mora e foi terminada dois anos mais tarde. Hoje em dia diz-se ser um projecto de Juan de Villanueva, depois de ter reconstruído a praça em 1790 após um grande incêndio. A Plaza Mayor foi cenário de vários eventos tais como: feiras, touradas e autos de fé. A estátua que se encontra no meio da praça é de Filipe III e data do ano de 1616.

[editar] Plaza de Colón

A Plaza de Colón em homenagem ao maior navegador ao serviço de Espanha de todos os tempos, Cristovão Colombo. A praça comemora a era dourada de Espanha (séc. XVI - séc. XVII). Nesse local estão edificados o Centro Cultural de Madrid e um monumento a Colombo em estilo neogótico erguido entre 1881 e 1885. A base quadra suporta um pilar octogonal esculpido pelo escultor Arturo Mélida; no topo do pilar está uma estátua de três metros de altura do navegador, esculpida em mármore branco por Jerónimo Suñol. O monumento tem uma altura total de 17 metros.

[editar] Paseo de la Castellana

O Paseo de la Castellana é uma das principais e mais largas avenidas de Madrid; tem actualmente seis faixas de rodagem centrais e mais quatro laterais. Percorre a cidade desde a Plaza de Colón, e segue para norte. O seu caminho corresponde a curso de um antigo rio que por aí passava. No extremo sul liga-se ao Paseo de Recoletos, que por sua vez se une ao Paseo del Prado; estas três vias formam um eixo importante que percorre a cidade de norte a sul. É também ao longo do Paseo de la Castellana que se erguem os muitos edifícios do complexo financeiro AZCA, o mais importante da cidade, e também, o recente complexo Cuatro Torres Business Area.

[editar] Gran Vía

A Gran Vía é uma das principais ruas da cidade. Começa na calle de Alcalá e termina na Plaza de España. É uma importante área comercial, turística e de lazer, com os seus muitos cinemas, apesar de alguns terem fechado para dar lugar a teatros para musicais, pelo que o troço da Gran Vía, compreendido entre a Plaza del Callao e a Plaza de España, seja conhecido como a Brodway madrilenha.

[editar] Las Ventas

Las Ventas[8] é a maior praça de touros em Espanha, e a segunda a nível mundial; a maior é a Praça de touros México. Foi inaugurada a 17 de Junho de 1931, com o nome de plaza de Las Ventas del Espíritu Santo, por ser o nome da zona nessa época. Começou a funcionar em pleno no ano de 1934.

[editar] Divisão administrativa

Ver artigo principal: Distritos municipais de Madrid

A cidade de Madrid é governada pelo Ayuntamiento de Madrid, cujos representantes são eleitos, de quatro em quatro anos, por sufrágio por todos os cidadãos maiores de 18 anos. Esse órgão é presidido pelo alcaide de Madrid; o actual alcaide é, desde 2003, Alberto Ruiz-Gallardón.

Madrid está dividida administrativamente em vinte e um distritos municipais, que por sua vez estão divididos em bairros. Cada um dos distritos é governado pela Junta Municipal de Distrito respectiva. A última divisão administrativa de Madrid data de 1988. Os actuais distritos municipais de Madrid, e respectivos bairros, são:

Distritos de Madrid numerados. Os números correspondem à classificação à esquerda.
Resultados das eleições municipais de 2007. A vermelho estão marcados os distritos municipais com maioria de votos para o PSOE, a azul a maioria de votos para o PP.
Resultados das eleições municipais de 2007. A vermelho estão marcados os distritos municipais com maioria de votos para o PSOE, a azul a maioria de votos para o PP.
  1. Centro, Palacio, Embajadores, Cortes, Justicia, Universidad, Sol.
  2. Arganzuela, Paseo Imperial, Acacias, Chopera, Legazpi, Delicias, Palos de Moguer, Atocha
  3. Retiro, Pacífico, Adelfas, Estrella, Ibiza, Jerónimos, Niño Jesús.
  4. Salamanca, Recoletos, Goya, Fuente del Berro, Guindalera, Lista, Castellana.
  5. Chamartín, El Viso, Prosperidad, Ciudad Jardín, Hispanoamérica, Nueva España, Castilla.
  6. Tetuán, Bellas Vistas, Cuatro Caminos, Castillejos, Almenara, Valdeacederas, Berruguete.
  7. Chamberí, Gaztambide, Arapiles, Trafalgar, Almagro, Vallehermoso, Ríos Rosas.
  8. Fuencarral-El Pardo, El Pardo, Fuentelarreina, Peñagrande, Barrio del Pilar, La Paz, Valverde, Mirasierra, El Goloso.
  9. Moncloa-Aravaca, Casa de Campo, Argüelles, Ciudad Universitaria, Valdezarza, Valdemarín, El Plantío, Aravaca.
  10. Latina, Los Cármenes, Puerta del Ángel, Lucero, Aluche, Las Águilas, Campamento, Cuatro Vientos.
  11. Carabanchel, Comillas, Opañel, San Isidro, Vista Alegre, Puerta Bonita, Buenavista, Abrantes.
  12. Usera, Orcasitas, Orcasur, San Fermín, Almendrales, Moscardó, Zofio, Pradolongo.
  13. Puente de Vallecas, Entrevías, San Diego, Palomeras Bajas, Palomeras Sureste, Portazgo, Numancia.
  14. Moratalaz, Pavones, Horcajo, Marroquina, Media Legua, Fontarrón, Vinateros.
  15. Ciudad Lineal, Ventas, Pueblo Nuevo, Quintana, La Concepción, San Pascual, San Juan Bautista, Colina, Atalaya, Costillares.
  16. Hortaleza, Palomas, Valdefuentes, Canillas, Pinar del Rey, Apóstol Santiago, Piovera.
  17. Villaverde, San Andrés, San Cristóbal, Butarque, Los Rosales, Los Ángeles.
  18. Villa de Vallecas, Casco Histórico de Vallecas, Santa Eugenia.
  19. Vicálvaro, Casco Histórico de Vicálvaro, Ambroz.
  20. San Blas, Simancas, Hellín, Amposta, Arcos, Rosas, Rejas, Canillejas, Salvador.
  21. Barajas, Alameda de Osuna, Aeropuerto, Casco Histórico de Barajas, Timón, Corralejos.

[editar] Eleições municipais

Ver artigo principal: Eleições municipais de 2007

As eleições municipais em 2007, ditaram a continuidade de Alberto Ruiz-Gallardón na presidência do Ayuntamiento. O vencedor, do PP, concorreu contra Miguel Sebastián Gascón do PSOE e Ángel Pérez Martínez da IU. Existe um total de 57 vereadores, mais dois que as anteriores eleições de 2003.

Partido Canditado Votos Percentagem (%) Vereadores (+/-)
PP Alberto Ruiz-Gallardón 875.571 55,54 34 (+4)
PSOE Miguel Sebastián Gascón 486.826 33,88 18 (-3)
IU Ángel Pérez Martínez 136.881 8,68 5 (+1)

[editar] Demografia

Ver artigo principal: Demografia de Madrid

[editar] População

Evolução 1897 - 2005
Ano Município Província Percentagem
1897 542.739 730.807 74,27
1900 575.675 773.011 74,47
1910 614.322 831.254 73,90
1920 823.711 1.048.908 78,53
1930 1.041.767 1.290.445 80,73
1940 1.322.835 1.574.134 84,04
1950 1.553.338 1.823.418 85,19
1960 2.177.123 2.510.217 86,73
1965 2.793.510 3.278.068 85,22
1970 3.120.941 3.761.348 82,97
1975 3.228.057 4.319.904 74,73
1981 3.158.818 4.686.895 67,40
1986 3.058.812 4.780.572 63,98
1991 3.010.492 4.647.555 64,78
1996 2.866.850 5.022.289 57,08
2001 2.938.723 5.423.384 54,19
2004 3.099.834 5.804.829 53,40
2005 3.155.359 5.964.143 52,90
Evolução demográfica de Madrid (1900-2005)
Evolução demográfica de Madrid (1900-2005)

A população de Madrid começou a crescer significativamente desde que a cidade se tornou a capital nacional. Esse grande crescimento demográfico foi mais evidente entre os anos de 1940 a 1970, devido à imigração doméstica e internacional. Porém, na década de 1970 o crescimento da população madrilenha estagnou; esse fenómeno, que também afectou a cidade de Barcelona, foi causado pelo desenvolviemto de subúrbios satélites no centro da cidade. A 1 de Julho de 2005, a população de Madrid estava quantificada em 3.155.359 de habitantes.

[editar] Natalidade

Em 2004 registaram-se 32.851 nascimentos na cidade de Madrid, o que deu a entender que esse parâmetro estava em crescimento em relação ao ano anterior. Nos últimos anos o número de nascimentos na região cresceu gradualmente. A taxa de natalidade situa-se nos 10,38 pontos.

[editar] Mortalidade

Em 2004 registaram-se 26.527 óbitos na cidade de Madrid, o que deu a entender que esse parâmetro estava em crescimento em relação ao ano anterior; contudo, manteve-se abaixo dos valores registados em 2000, 2001 e 2002. A taxa de mortalidade situava-se nos 8,38 pontos.

[editar] Imigração

Evolução da população estrangeira na cidade de Madrid entre 1986 e 2007.
Evolução da população estrangeira na cidade de Madrid entre 1986 e 2007.

Segundo um censo realizado em 2006 a população estrangeira residente em Madrid era de 508.141 habitantes, ou seja 13,57% do total da população da cidade. Os distritos com mais imigrantes são o Centro (27,22%), Tetuán (19,58%), Carabanchel (17,34) e Usera (16,29%). Os distritos com menor população imigrante são Moratalaz (7,63%), Fuencarral-El Pardo (8,43%), Retiro (8,75%) e Hortaleza (8,84%). A maioria destas pessoas provém da América Latina, Europa, Ásia e Norte de África.

Os maiores grupos de imigrantes são: equatorianos (83.967), marroquinos (51.300), chineses (48.973), colombianos (37.218) e peruanos (32.791). Existem também outras comunidades importantes tais como a guineense-equatorial, romena e filipina.

[editar] Gentílico

Os nativos da cidade são chamados madrilenhos. No passado também eram apelidados de "gatos", porém atualmente a vasta maioria dos espanhóis não reconhece esse termo. Sua origem possivelmente veio da lenda popular que a conquista da cidade por Afonso VI foi conseguida pelo assalto das paredes que protegiam a cidade. Aparentemente as tropas do reino de Castela escalaram as paredes defensivas como se fossem gatos.

Outra origem para o nome pode ter sido do facto de os moradores da cidade, durante a Idade Média, terem sido conhecidos pela sua habilidade de escalar paredes com as próprias mãos. [9]

[editar] Geografia

Ver artigo principal: Geografia de Madrid

A cidade de Madrid encontra-se na zona central da Península Ibérica, a poucos quilómetros a norte do Cerro de los Ángeles, centro geográfico desta. As coordenadas da cidade são 40°26′ N 3°41′ O, e a sua altura média acima do nível do mar é de 667 m; situa-se a poucos quilómetros da serra de Guadarrama e, hidrograficamente, encontra-se na bacia do rio Tejo.

[editar] Hidrografia

Mapa com os cursos de água da cidade de Madrid e arredores.
Mapa com os cursos de água da cidade de Madrid e arredores.

O curso de água principal de Madrid é o Manzanares; entra no município através do Monte del Pardo alimentando a barragem com o mesmo nome; nele confluem também águas de algumas ribeiras como por exemplo a de Manina e a de Tejada.

Passado o percurso campestre do rio este entra dentro da cidade, passa na ciudad universitaria, entrando depois nos terrenos da Casa de Campo, onde recebe as águas da ribeira de Meaques. O percurso do rio serve de fronteiras a muitos dos distritos da cidade. Entre os distritos de Arganzuela e Puente de Vallecas, recebe o caudal da ribeira de Abroñigal; também recebe as águas da ribeira de Butarque, no distrito de Villaverde.

À saída da cidade, o rio entra no extremo oriental do município de Getafe, onde recebe as águas da ribeira de Culebro; pouco depois o rio desagua no rio Jarama.

[editar] Clima

O clima de Madrid pode ser definido como mediterrâneo continental com um regime de chuvas estepário. Os invernos são frios com geadas frequentes e neve ocasional. Os verões são cálidos e secos com temperaturas máximas que muitas vezes superam os 35 °C. As precipitações são escassas, mas bem distribuídas em todo o ano. A temperatura média máxima anual é de 19,5 °C e a mínima anual de 9,5 °C. Janeiro é o mês mais frio com temperaturas que oscilam entre 2-10 °C e Julho o mais quente (18-32 °C). A quantidade média de chuva recolhida num ano é de 435 mm.

Climograma de Madrid (Retiro)
Climograma de Madrid (Retiro)
Observatório do Parque do Retiro
1971-2000 jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez Total
Temperatura
máxima (°C)
9,7 12,0 15,7 17,5 21,4 26,9 31,2 30,7 26,0 19,0 13,4 10,1 19,4
Temperatura
mínima (°C)
2,6 3,7 5,6 7,2 10,7 15,1 18,4 18,2 15,0 10,2 6,0 3,8 9,7
Precipitação (mm) 37 35 26 47 52 25 15 10 28 49 56 56 436
Climograma de Madrid (Barajas)
Climograma de Madrid (Barajas)
Observatório do Aeroporto de Barajas
1971-2000 jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez Total
Temperatura
máxima (°C)
10,6 12,9 16,3 18,0 22,3 28,2 33,0 32,4 27,6 20,6 14,7 11,0 20,6
Temperatura
mínima (°C)
0,3 1,5 3,2 5,4 8,8 13,0 16,1 16,0 12,7 8,3 3,8 1,8 7,6
Precipitação (mm) 33 34 23 39 47 26 11 12 24 39 48 48 386


[editar] Economia

Ver artigo principal: Economia de Madrid

A cidade de Madrid tinha em 2003 um Producto Interior Bruto de 79.785.000.000 €. , 10% do PIB espanhol. O sector económico mais importante é o sector dos serviços, que representam 85,09% da economia da cidade. Dentro deste sector destacam-se os serviços financeiros (31,91% do PIB total) e as actividades comerciais (31,84% do PIB total). O restante PIB provem da indústria (8,96% do PIB total), do sector da construção (5,93% do PIB total). A agricultura tem uma expressão muito baixa representando apenas 0,03% do PIB total.

Repartição do Produto interno bruto (PIB) da cidade de Madrid no ano de 2003.
Repartição do Produto interno bruto (PIB) da cidade de Madrid no ano de 2003.

A indústria está cada vez menos presente em Madrid, instalando-se em municípios da área metropolitana, principalmente a sudeste. Apesar disso, a indústria continua a ter um peso importante no PIB da cidade. A construção é o sector que mais está crescer, estimado em 8,2% no ano de 2005. A tendência mostra um aumento da construção não residencial, influenciada pela ligeira desaceleração do aumento do preço de imóveis em 2005.

O sector dos serviços lidera a actividade económica de Madrid, com 85% do total do PIB, emprega dois terços da população activa madrilenha. Os principais empregadores neste sector são a administração central do Estado e a administração financeira (Madrid é a sede de grande parte das empresas activas em toda a Espanha, acolhendo metade do capital financeiro nacional), somando também os postos de trabalho relacionados com os transportes, nomeadamente no aeroporto Madrid-Barajas. Os maiores centros empregadores da cidade de Madrid são o aeroporto e a IFEMA, Instituição de feiras de Madrid. Também o turismo assume um papel preponderante na economia da cidade; Madrid é uma das cidades mais visitadas da Europa, atrás de Paris, Londres e Roma; é a mais visita em Espanha.

[editar] Transportes

Mapa do metro de Madrid.
Mapa do metro de Madrid.
Mapa da rede Cercanías.
Mapa da rede Cercanías.
Rede de Alta Velocidade em Espanha.
Rede de Alta Velocidade em Espanha.
Novo terminal (T4) do Aeroporto Internacional de Barajas
Novo terminal (T4) do Aeroporto Internacional de Barajas
Ver artigo principal: Transportes de Madrid

A cidade de Madrid tem uma rede de transportes bastante vasta e completa. Os vários meios de transporte, e respectivas infrastruturas, estão organizados de forma a reduzidir substancialmente o trânsito automóvel na capital, possibilitando uma rápida circulação, quer de quem circula dentro da cidade, quer de quem se desloca desde a periferia. O metro, o comboio e os autocarros são os mais importantes transportes públicos.

O metro de Madrid serve os mais de três milhões habitantes e é uma das redes em maior expansão em todo o mundo. Tem uma ligação à rede que serve a zona sul da cidade, a Metrosur, e é actualmente o segundo maior sistema de metropolitano da Europa ocidental, sendo o primeiro o de Londres.

A Cercanías Madrid é a rede de comboios urbanos da Renfe. Serve de certa forma para complementar a rede de metropolitano pois cobre grande parte da Comunidade de Madrid; chega à maioria dos municipios da área metrolitana, estando ligado ao metro em mais de 20 estações. Em parelelo com estas linhas existe uma rede nacional de comboios. Em Madrid, os principais terminais são Atocha e Chamartín.

Mais recentemente apareceu a jóia da coroa da rede de comboios espanhola - o comboio de alta velocidade Alta Velocidad Española AVE [10]. Actualmente, prevê-se a construção de 7 000 km centrados em Madrid. Os principais objectivos são de juntar as cidades capitais de província. Algumas dessas linhas estão já em funcionamento[11].

Ponto de Partida
Itinerário
Observações
Madrid
Ciudad Real - Puertollano - Córdova Sevilha em funcionamento
Antequera em funcionamento
Toledo em funcionamento
Talavera de la Reina - Mérida - Badajoz - Lisboa em construção
Segóvia - Valladolid em construção
Guadalajara - Calatayud - Saragoça - Lérida - Tarragona em funcionamento
Cuenca - Valência em construção

Existe na cidade de Madrid uma rede de autocarros urbanos gerida pelo Consórcio de Transportes de Madrid e pela Empresa Municipal de Transportes de Madrid, que opera na cidade interagindo com os outros meios de transporte. Conta com mais de 1.994 veículos e 194 carreiras [12].

No que diz respeito ao tranporte privado, a cidade está ligada ao resto do país por várias auto-estradas que têm um percurso radial. As mais importantes são:

Nome Itinerário
A-1 Madrid-Aranda de Duero-Burgos-Miranda de Ebro-Vitoria-San Sebastián
A-2 Madrid-Saragoça-Lérida-Barcelona-Gerona-França
A-3 Madrid-Valência
A-4 Madrid-Córdova-Sevilha-Cádiz
A-5 Madrid-Mérida-Badajoz-Lisboa
A-6 Madrid-Medina del Campo-Benavente-Ponferrada-Lugo-La Coruña
A-42 Madrid-Toledo

Madrid tem ainda uma série de estradas circunvalatórias, tais como a M-30, que delimita a coroa central da cidade, a M-40 nos bairros residenciais da cidade, a M-45, que contorna o município, e a M-50, que percorre a área metropolitana. Estas auto-estradas servem para descongestionar o centro da cidade.

Madrid é servida pelo Aeroporto Internacional de Barajas [13]. Barajas é o eixo principal da linhas aéreas Iberia. É um dos principais aeroportos da Península Ibérica para a Europa e para o resto do mundo. O volume de passageiros actual é de 40 milhões por ano, estando assim presente na lista dos vinte aeroportos mais agitados do mundo. Com um crescimento anual de 10%, uns quarto e quinto terminais estão em processo de construção. É esperada uma redução dos atrasos e o dobro da capacidade do aeroporto. Duas novas pistas de aterragem-descolagem estão também a ser construídas, fazendo de Barajas um aeroporto de quatro pistas.

[editar] Educação

Ver artigo principal: Educação em Madrid

A educação em Madrid depende do Conselho de Educação da Comunidade de Madrid, que assume as competências da educação a nível regional[14].

Estima-se que haja perto de 167.000 alunos no ensino infantil, 320.800 no ensino primário, 4.500 no ensino especial, e à volta de 50.000 em cursos de formação professional[15]. Relativamete ao ensino superior estudam perto de um milhão de alunos, sendo que 600.000 estão em universidades públicas, 410.000 em privadas.

A Comunidade de Madrid é sede de seis universidades públicas regionais e também sede da Universidade Nacional de Educação à Distância (UNED), no âmbito nacional.

Madrid é a sede do Conselho Superior de Investigaçóes Científicas (CSIC), do Centro Nacional de Investigações Cardiovasculares (CNIC), das diversas Academias espanholas e da Biblioteca Nacional.

No distrito de Moncloa está instalada a Cidade Universitária de Madrid, um barrio no qual se concentram a maior parte das faculdades e escolas superiores das universidades Complutense e Politécnica.

[editar] Cultura

[editar] Eventos culturais

No final de Maio, pricípio de Junho, organizam-se todos os anos nos Jardins do Retiro, a Feira do Livro de Madrid. Também anualmente, mas no mês de Fevereiro, é organizada na Feria de Madrid, uma exposição de Arte Contemporânea (ARCO)[17]. Aí, reúnem-se diversos artistas de Espanha e de todo o mundo para apresentar ao público as suas obras.

[editar] Museus

Ver artigo principal: Museus de Madrid

A cidade é rica em história e arte; tem em sua posse uma triologia de museus que representa de forma bastante significativa a evolução da arte ao longo da História da Humanidade. É no Paseo del Prado que se encontra o Triângulo de Ouro da Arte; este inclui o Museu do Prado, o Museu Thyssen-Bornemisza e o Museu Rainha Sofia.

Vista da fachada principal do Museu do Prado.
Vista da fachada principal do Museu do Prado.
  • O Museu do Prado é um dos mais importantes museus do Mundo; a sua colecção, centrada na época anterior ao século XX, dando destaca à arte italiana, espanhola e flamenca. Algumas das obras mais representativas que aí se encotram são As Meninas, A forja de Vulcano, O triunfo de Baco, A maja despida, A vindima, 2 de Maio de 1808, As três Graças, O Jardim das Delícias Terrenas, Carlos V em Mühlberg, entre muitas outras. Existe também no museu um importante conjunto de esculturas clássicas greco-romanas, renacentistas e de outros períodos [18].

Fachada do Museu Rainha Sofia, onde se pode ver o elevador exterior que lhe dá um aspecto muito característico.
Fachada do Museu Rainha Sofia, onde se pode ver o elevador exterior que lhe dá um aspecto muito característico.
Procissão a São Isidro Lavrador, patrono de Madrid.
Procissão a São Isidro Lavrador, patrono de Madrid.

Outros centros relevantes são:

  • O Museu da América: dedicado à arte do continente americano, centrando-se na América precolombina, a etnografía e a arte colonial.

[editar] Teatros e centros culturais

[editar] Festividades locais

[editar] Cidades-irmãs

[editar] Desporto

Vista exterior do Estátio Santiago Bernabéu.
Vista exterior do Estátio Santiago Bernabéu.

O desporto rei na capital espanhola é, à semelhança do resto da Espanha, o futebol. Existem na cidade duas equipas que jogam na Primera División, o Real Madrid e o Atlético de Madrid; o Rayo Vallecano e o Real Madrid Castilla, filial do Real Madrid, jogam na Segunda División B.

O basquetebol é também muito popular. Existem duas equipas na liga ACB, o Real Madrid e os Estudiantes. Em Setembro de 2007 realizou-se em Espanha o EuroBasket 2007; a fase final da competição e também alguns jogos da fase de grupos, realizaram-se em Madrid.

No ciclismo, a Vuelta, acabava tradiconalmente em Madrid. No atletismo, as competições mais importantes são a San Silvestre Vallecana, corrida de fundo que se realiza a 31 de Dezembro, e a Maratona Popular de Madrid (MAPOMA) que se realiza anualmente na Primavera. O circuito de Jarama é um autódromo que albergou o Grande Prémio da Espanha durante alguns anos, tendo este depois sido transferido para o Circuito da Catalunha, em Barcelona.

[editar] Candidatura olímpica

A história da candidatura madrilenha à organização dos Jogos Olímpicos remonta a 1965 quando foi apresentada ao Comité Olímpico Internacional (COI) uma candidatura conjunta com Barcelona para albergar a vigésima edição dos Jogos, em 1972. A candidatura espanhola foi rejeitada, em detrimento de Munique.

Madrid candidatou-se para os Jogos Olímpicos de Verão de 2012; a candidatura foi promovida durante o mandato do alcaide José María Álvarez del Manzano[22] e continuada pelo sucessor, Alberto Ruiz-Gallardón. O logotipo da candidatura foi desenhado por Javier Mariscal[23].

O COI seleccionou, a 18 de Maio de 2004 na cidade suíça de Lausana as cinco cidades candidatas oficiais para a organização dos Jogos Olímpicos de 2012: Madrid, Paris, Londres, Nova York e Moscovo. A 6 de Julho de 2005, foi dado a conhecer o resultado da votação, tendo sido Londres a vencedora; Madrid ficou em terceiro lugar.

O Comité Olímpico Espanhol renovou a 30 de Maio de 2007 a candidatura olímpica da cidade, desta vez para os Jogos Olímpicos de Verão de 2016[24].

Referências

[editar] Ligações externas

Commons
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