Guerra do Vietnã
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A Guerra do Vietnã (ou Vietname, ou ainda Vietnam) foi um conflito armado entre 1958 (com a invasão de Laos pelo Vietnã do Norte) e 1975 no Vietnã do Sul e nas zonas fronteiriças do Camboja e do Laos, e bombardeios (Rolling Thunder) sobre o Vietnã do Norte.
O envolvimento dos EUA no conflito teve como pretexto um ataque norte-vietnamita aos seus navios USS Maddox e USS C.Turney Joy enquanto patrulhavam o golfo de Tonquim, em Julho de 1964. Hoje em dia sabe-se que o ataque foi uma farsa do governo estado-unidense para ter um pretexto de intervir no Vietnã.
As hostilidades originaram-se com a intromissão dos EUA na política interna do Vietnã. Conforme definido pela Convenção de Genebra, os vietnamitas teriam direito a eleições livres para escolher seus governantes. Mas diplomatas estado-unidenses sabiam muito bem que, se fossem autorizados plebiscitos no país, os comunistas venceriam com mais de 90% dos votos, graças à enorme popularidade de seu líder, Ho Chi Minh, patriota e herói da resistência vietnamita contra as ocupações japonesa e francesa. O maior temor dos Estados Unidos não era apenas a possibilidade de o Vietnã cair nas mãos dos comunistas, e sim o chamado "efeito dominó", isto é, que outros países vizinhos tentassem seguir o exemplo da insubordinação vietnamita.
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[editar] Vietnã do Sul
No início, os EUA apoiavam o regime ditatorial do Vietnã do Sul com dinheiro, armas, carros de combate, assessores militares e, a partir de 1962, tropas. Combatiam de um lado uma coalizão de forças incluindo os Estados Unidos da América, a República do Vietnã (Vietnã do Sul), a Austrália, a Nova Zelândia, as Filipinas e a Coréia do Sul, e do outro lado a República democrática do Vietnã, a Frente de liberação nacional (FLN, Vietcong, ex-Vietmin) e a guerrilha comunista sul-vietnamita. Cerca de 2 400 000 estado-unidenses foram enviados para o Vietnam entre 1965 e 1973 para ajudar a preservar a independência do Vietnã do Sul pró-capitalista em relação ao norte comunista. Os helicópteros indispensáveis à campanha dos aliados e a artilharia pouco ou nada podiam fazer, na maioria das vezes os soldados estado-unidenses ficavam vulneráveis neste território pouco conhecido, ao contrário dos Vietcongs que o conheciam como a palma da mão e possuíam uma grande rede de abrigos subterrâneos e túneis, realizando armadilhas e emboscadas. A URSS e a China forneceram ajuda material ao Vietnã do Norte e ao FLN, mas não tiveram participação militar activa no conflito.
[editar] Segunda Guerra da Indochina
Essa guerra era uma parte do conflito regional envolvendo os países vizinhos do Cambodja e do Laos, conhecido como Segunda Guerra da Indochina. No Vietnã, esta guerra é chamada de guerra da América (Vietnamita: Chiến Tranh Chống Mỹ Cứu Nước, literalmente guerra contra os americanos e para salvar a nação). Para tal, os vietnamitas tiveram de suportar baixas e bombardeios terríveis. O grande número de baixas americanas (57939 soldados perderam suas vidas entre 1962 e a retirada aliada, em 1975) tornou o conflito extremamente impopular. Muitos dos que passaram a protestar contra essa guerra eram pessoas que a apoiaram entusiasticamente no início.
Este conflito se inscreve no contexto da Guerra Fria, conflito entre as potências capitalistas e o bloco comunista.
[editar] Vítimas
O total de vítimas da Guerra do Vietnã (1964 a 1975) é impreciso, oscilando entre 1 milhão e meio a dois milhões de vietnamitas mortos, entre civis e militares, que de certa forma significavam a mesma coisa, pois o povo era quem compunha o exército da guerra. Parte considerável da população economicamente ativa do país morreu durante a guerra e essa situação fez com que o Vietnã estagnasse economicamente após o termino do longo conflito.
Quando os vietnamitas começaram a construir o socialismo no país unificado, primeiramente eles optaram pelo velho modelo soviético que, por não levar em conta as peculiaridades e as realidades nacionais, fracassou. O país então entrou numa crise econômica que agravou ainda mais sua situação social. Em 1987 o Vietnã enfrentava uma inflação de quase 700% ao ano, uma grande carência no abastecimento de mercadorias e artigos de primeira necessidade como o arroz, por exemplo, estavam sendo importados. Além disso, o país só mantinha relações com países socialistas e sofria o bloqueio dos países capitalistas, sob imposição dos EUA.
- Novas técnicas na guerra
Entre as novas tecnologia usadas pelos americanos estava os sprays defolhadores de árvores. Este produto químico era conhecido como o Agente LAranja. A guerrilha do norte se escondiam em arbustos provocando grandes baixas nos soldados aliados. Era necessário desfolhar estas árvores para visualizar o inimigo. Muitos deste fugiam antes em túneis. <>http://noticias.terra.com.br/ciencia/interna/0,,OI585227-EI298,00.html<>
[editar] Referências bibliográficas
- Adolpho J. de Paula Couto, A Face Oculta da Estrela, Gente das Letras, Porto Alegre
- CANTU, Cesare. História universal. São Paulo: Ed. das Américas, 1967-1968.
- CHINA, A História da China. publicado Ed. China News Service, 1989
- AQUINO, Rubim Santos Leão de, et al. História das sociedades: das sociedades modernas as sociedades atuais. 18.ed. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico, (1989?).
- POMER, Leon; PINSKY, Jaime. O surgimento das nações. 3.ed. Campinas: UNICAMP, 1987.
- GRIMBERG, Carl; SVANSTROM, Ragnar. História universal. Lisboa: Europa-América, 1940.
- WELLS, H. G. História universal. 7.ed. São Paulo: Ed. Nacional, 1968.
- ALBA, André. Tempos modernos. São Paulo: Mestre Jou, 1968.
- CORVISIER, André. História moderna. 3.ed. São Paulo: DIFEL, 1983.
- TOYNBEE, Arnold J. Estudos de História contemporânea. São Paulo: Nacional, 1967.
[editar] Ligações externas
http://www.monde-solidaire.org/spip/article.php3?id_article=2295 (em francês)
[editar] Referências