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Gumercindo Saraiva - Wikipédia

Gumercindo Saraiva

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Gumercindo Saraiva
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Gumercindo Saraiva

Gumercindo Saraiva (Arroio Grande, RS, 13 de janeiro de 1852Carovi, 10 de Agosto de 1894) foi um dos comandantes das tropas rebeldes (maragatos) durante a Revolução Federalista.

Índice

[editar] A origem do guerrilheiro

Um dos mitos da Revolução Federalista, o caudilho Gumercindo Saraiva, foi na verdade um herói injustiçado a ponto de até o fato de ser brasileiro lhe ter sido negado. Tido como uruguaio pela maioria dos historiadores, era na verdade rio-grandense, nasceu na localidade que mais tarde viria a ser Arroio Grande, no sul do Rio Grande do Sul. Ainda bem pequeno, seu pai, Francisco Saraiva, que havia lutado na Guerra dos Farrapos, emigrou para o Uruguai em busca de melhores dias, e lá enriqueceu, tornando-se uma das maiores fortunas daquele país da época.

Em 1870, Gumercindo com apenas dezoito anos junta-se aos "blancos" e participa de um levante contra o governo uruguaio, que na ocasião era dirigido pelos "colorados", lutando até 1872, onde começa a adquirir prestígio como guerreiro; em 1875 participa de outra insurreição que foi prontamente controlada pelos governistas, mas que o deixa um homem marcado por ser um “blanco”.

Já casado e com filhos, ante a ameaça de ser preso pelos inimigos, resolve voltar ao Rio Grande do Sul, indo administrar uma fazenda de seu pai em Santa Vitória do Palmar, onde combateu ferozmente os ladrões de gado.

Conhecido e famoso pela sua audácia, foi nomeado coronel da Guarda Nacional pelo Imperador D. Pedro II (1840-1889), que chegou a oferecer-lhe o titulo de Barão de Santa Vitória do Palmar, o qual foi gentilmente recusado, pois era republicano convicto.

[editar] O inicio da Revolução

Em 1892, o governo de Júlio de Castilhos entra numa fase de instabilidade, o RS está em ebulição, de um lado os castilhistas e do outro os federalistas liderados por Joca Tavares, a revolução estava se iniciando. Gumercindo tendo se negado a aderir ao castilhismo, estava sendo perseguido e resolve voltar ao Uruguai onde os rebeldes estavam formando suas tropas.

Em 2 de Fevereiro de 1893, acompanhado por seu irmão Aparício e liderando cerca de quatrocentos cavaleiros, a maioria uruguaios, atravessou a fronteira em Aceguá entrando no Rio Grande do Sul, juntando-se aos homens do General João Nunes da Silva Tavares, formando assim o Exército Libertador, um contingente de mais de três mil homens, que em pouco tempo com as adesões, chegaria a doze mil.

Em 4 de Abril de 1893 acontece a primeira batalha com as tropas legalistas (Picapaus). Depois de vários combates com as forças do governo, percebendo estar diante de um exercito melhor preparado e armado, Gumercindo Saraiva parte para a prática de guerrilha, evita combates convencionais, dispersa as tropas legais para tentar vencê-las depois, em partes, tática esta que deu certo.

[editar] A marcha para o norte

Após vários combates e vitórias em solo gaúcho, os revolucionários federalistas decidiram atacar o Rio de Janeiro, e sob o comando do General Gumercindo Saraiva 1.900 homens partem para o norte, através de Santa Catarina e do Paraná para tomar a capital federal.

A sua marcha para o Paraná a principio não teve muitas dificuldades, separando-se em duas colunas seguiram pelo “Caminho das Tropas” para Vacaria, Lages, Curitibanos, Blumenau, Itajaí, Florianópolis, Joinville, Paranaguá, Tijucas do Sul e finalmente Lapa, onde foi barrado por tropas legalistas que ofereceram maior resistência, (o legendário Cerco da Lapa, em Janeiro de 1894) os combates duraram 26 dias, e apesar da vitória, esse imprevisto atrasou as tropas de Gumercindo, permitindo o reagrupamento dos legais que haviam batido em retirada rumo a Castro, deixando somente o batalhão da Lapa na retaguarda.

[editar] A volta aos pampas

Gumercindo e seus comandantes, 1894
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Gumercindo e seus comandantes, 1894

Após a queda da Lapa, rumou para Curitiba que encontrou completamente desguarnecida, partindo em seguida para Ponta Grossa, onde enfrentou as tropas legais que haviam recebido reforços de São Paulo, obrigando-o a recuar, iniciando assim a retirada e seu retorno ao Rio Grande do Sul, agora acossado pelas tropas do governo.

Em sua marcha pelos três estados, desde sua partida de Jaguarão até o retorno ao Sul, o General Gumercindo Saraiva e suas tropas percorreram a cavalo, um trajeto de mais de 3.000 km.

Em 27 de Junho de 1894 enfrentou sua última grande batalha, e no dia 10 de Agosto morreu com um tiro no peito.

Numa guerra de barbáries em ambos os lados, dois dias depois de enterrado, seu corpo foi retirado da cova, teve a cabeça decepada e levada em uma caixa de chapéus ao governador Júlio de Castilhos. Seu corpo, mais tarde, foi levado e sepultado no Cemitério Municipal de Santa Vitória do Palmar, sem a cabeça.

[editar] Lendas e fatos

Entre lendas e fatos sobre o General Gumercindo Saraiva, encontram-se duas histórias famosas e verdadeiras quando de sua estada em Curitiba.

Ao ocupar a cidade, prometera aos lideres locais que a população e seus costumes seriam respeitados em troca de apoio aos revolucionários.

Numa ocasião em que os seus soldados foram acusados de roubar uma coleção de moedas do Museu Paranaense, a título de ressarcimento, Gumercindo Saraiva doou sua espada ao acervo do Museu, onde se encontra até hoje.

Em outra ocasião, um soldado de nome Diniz, matou uma mulher com uma navalha, Gumercindo muito revoltado, resolve aplicar uma punição exemplar mandando decapitá-lo.

[editar] O reconhecimento histórico

A propaganda de guerra governista acusou-o de atrocidades, fato esse que foi desmentido por centenas de testemunhos, inclusive de inimigos políticos seus. Pois em casos de abusos cometidos por seus comandados, punia exemplarmente, como o foi com o soldado Diniz. Em estudo realizado numa pesquisa da Escola de Comando e Estado Maior (ECEME), foi considerado o maior líder de combate dessa Revolução.

[editar] As conseqüências da retirada de Gumercindo

Quando da chegada das tropas de Gumercindo Saraiva à Desterro (hoje, Florianópolis) e Curitiba, as tropas florianistas deixaram as cidades desguarnecidas, abandonaram suas defesas e recuaram, deixando somente alguns soldados na retaguarda e a população entregue à própria sorte. Em ambas as cidades, a elite política, comerciantes e industriais, resolveram, para evitar saques, mortes e estupros, fazer um acordo com Gumercindo Saraiva, neste, as tropas dos Maragatos, respeitariam um acordo de não violência e em troca a população pagaria um tributo de guerra. O acordo foi estabelecido e a população foi poupada.

Mas os federalistas, depois de sucessivas lutas e atos de heroísmo e bravura que se inscrevem nos anais da História Pátria, são derrotados e, com as volta das tropas legais foi feito um sangrento “acerto de contas”.

Em Curitiba, diante da iminência do ataque, o povo recorreu ao Barão do Serro Azul (Ildefonso Pereira Correia), pois nenhum outro líder inspirava confiança. O governo estava acéfalo. Formou-se uma Junta Governativa do Comércio, sob a chefia de Serro Azul, habilitado a conter os excessos de uma cidade despoliciada e aturdida. Criaram o empréstimo de guerra e foram a Gumercindo Saraiva negociar a invasão de Curitiba.

O mesmo aconteceu em Desterro, onde o Barão de Batovi (Manoel de Almeida Gama Lobo Coelho d'Eça) presidiu uma tumultuada e histórica reunião realizada no dia 29 de setembro de 1893, durante a qual optou-se pela capitulação frente aos navios da Armada, amotinados contra o ditador Floriano Peixoto. Batovi não fez senão render-se ás aspirações dos habitantes de Desterro apavorados e subitamente envolvidos em tão espetaculares acontecimentos.

E, as ate então pacatas Curitiba e Desterro, entram para a lista negra de Floriano Peixoto.

Vingativo, o marechal Floriano nomeia e manda para Santa Catarina, o impetuoso tenente-coronel de Infantaria do Exército. Antônio Moreira César, nome que a historia celebra pelas alcunhas de Corta-Cabeças. Ao mesmo tempo tropas do coronel Pires Ferreira ocupam Curitiba, abandonada pelos revoltosos e o comandante do distrito militar, general Ewerton de Quadros, impunha a lei marcial.

Covardemente no Paraná, dezenas de pessoas, entre civis e militares foram executados sumariamente, já em Santa Catarina esse número subiu para cerca de 300 pessoas.

[editar] Bibliografia

  • GOYCOCHEA, Luiz Felipe Castilhos. Gumercindo Saraiva na Guerra dos Maragatos. Rio de Janeiro: Ed. Alba, 1943.
  • RUAS, Tabajara e BONES, Elmar. A Cabeça de Gumercindo Saraiva. Rio de Janeiro: Ed. Record, 1997.
  • MEIRINHO, Jali. República e Oligarquias: subsídios para a História Catarinense, 1899-1934. Florianópolis: Insular, 1997.
Commons
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