Luís de Vasconcelos e Sousa (1636)
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Luís de Vasconcelos e Sousa (1636 - 1720), 3º conde de Castelo Melhor.
Foi nomeado pela Rainha D. Luísa de Gusmão gentil-homem da câmara do jovem rei D. Afonso VI. Com a morte do válido do rei, o italiano Conti, o conde soube tornar-se confidente do monarca, afastando a influência da rainha. Conhecedora da conspiração, D. Luísa mandou-o chamar dizendo «era menester advertir que, como se desterraban los pequeños se castigarian los grandes». Não desistindo dos seus intentos, conseguiu levar D. Afonso VI para Alcântara, onde convocou todos os fidalgos participando-lhes que o rei resolvera chamar a si o governo, colocando a rainha perante um facto consumado.
Senhor do poder e tendo conseguido afastar os seus inimigos, o conde, que o rei elevara às funções de escrivão da puridade, desdobrou-se em duas missões:
- Assegurar a continuidade do seu governo, pelo que rodeou o infante D. Pedro de gente da sua confiança;
- Reorganizar as tropas portuguesas para expulsar os espanhóis que se tinham apoderado de Évora, com grande exército comandado por João de Áustria.
Conseguindo a vitória na Guerra da Restauração, o conde de Castelo Melhor não parou, tentando arranjar apoios diplomáticos e procurando casar o rei na Casa de França, cujo rei Luís XIV era poderoso na Europa. Conseguiu casar o rei com Maria Francisca Isabel de Sabóia Casa de Sabóia, que anos mais tarde o afastará do governo com a ajuda do infante D. Pedro.
Saiu de Portugal, onde a rainha não o deixava regressar, e instalou-se por uns tempos em Paris. Depois foi a Londres, pedir auxílio a D. Catarina, esposa de Carlos II de Inglaterra e irmã do regente, onde permaneceu algum tempo, prestando bons serviços na Corte aos monarcas ingleses.
Regressou ao Reino de Portugal só depois da morte de D. Maria Francisca, tendo-se fixado em Pombal onde era alcaide-mor e comendador. Voltou ao governo no tempo de D. João V.
