Montevidéu
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Montevidéu | |
Departamento | Montevidéu |
População | 1.269.648 habitantes |
Censo | 2004 |
Gentílico | {{{gentílico}}} |
Latitude | 34°53'01" Sul |
Longitude | 56°10'15" Oeste |
Altitude | 43 metros |
Montevidéu ou Montevideu (em castelhano Montevideo) é a capital e maior cidade do Uruguai. É também a sede administrativa do Mercosul, da ALADI e capital do departamento de homônimo, o de menor extensão entre os dezenove existentes no país.
É a capital mais austral das Américas, situada nas coordenadas . Localiza-se na zona sul do país, às margens do rio da Prata.
Sua população é de 1.325.968 hab. (2004) mas, considerando sua área metropolitana, Montevidéu alcança 1.668.335 habitantes, aproximadamente a metade da população total do país.
A cidade se encontra em uma zona geográfica que se caracteriza como a rota principal de movimentação de cargas do Mercosul. Por sua vez, conta com uma baía ideal que forma um porto natural, sendo o mesmo o mais importante do país, pela qual saem e entram as mercadorias que se importam e se exportam.
Montevidéu é a cidade latino-americana com a maior qualidade de vida[1] e se encontra entre as 30 cidades mais seguras do mundo.
Índice |
[editar] História
A cidade teve origem como um pequeno povoado de imigrantes das canárias em torno de um forte mandado construir por Bruno Mauricio de Zabala, governador espanhol de Buenos Aires, em 1724.[2] Dois anos depois ganhava estatuto de cidade. Foram 34, entre homens, mulheres e crianças , os que formaram o núcleo da futura vila que tinha o objetivo de manter as tropas portuguesas de Manuel de Freitas da Fonseca fora do Rio da Prata. Havia dois franceses de Nantes que haviam servido na guarnição espanhola de Buenos Aires. Eram Eugène Eustache e Jean Baptiste Caillos.
No século XVIII, o crescimento de Montevidéu foi estimulado pela liberdade de comércio direto com as cidades espanholas, declarada por Carlos III em 1778. Além disso ela era o centro de exportação dos produtos da pecuária do interior da Província e realizava trocas comerciais com Buenos Aires. Foi a partir dela, inclusive que partiram os navios espanhóis para libertar Buenos Aires, tomada pelos britânicos em 1806 e graças a isso foi também ocupada durante sete meses.
Após a conquista da Espanha por Napoleão Bonaparte e a prisão do rei espanhol, a junta de governo de Buenos Aires declara a independência do Vice-reinado do rio da Prata, mas em Montevidéu forma-se uma outra junta favorável à cisão. A disputa entre as duas cidades levou Montevidéu a enviar tropas da Espanha posteriormente e a ser retomada em 23 de Junho de 1814.
Conquistada por Portugal em 1817, tornou-se capital da Província Cisplatina , do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarve em 1821. Pertenceu ao Brasil durante o reinado de D. Pedro I, chegando a receber o título de Imperial Cidade através do alvará de 15 de abril de 1825[3], mas logo conquistou a sua independência na chamada Guerra da Cisplatina, em que recebeu o apoio da Argentina. Com a Independência (1828) passou a ser capital do Uruguai.
Após a independência, a cidade foi palco de disputas políticas internas entre 1843 e 1851 na chamada Guerra Grande, contudo a partir da metade do século XIX, vê grande urbanização, crescimento populacional e industrial.[2] Montevidéu recebeu no início do século XX um contingente de imigrantes italianos e espanhóis e logo em seguida, a partir da dácada de 30 de pessoas vindas do interior do país atraídas pelo crescimento da economia.
[editar] Origem do nome
Há pelo menos duas versões a respeito da origem do nome. A primeira se baseia no diário de navegação da expedição de Fernão de Magalhães (em espanhol, Fernando de Magallanes), datado de janeiro de 1520. Esse documento registra a existência de um monte que se assemelhava a um chapéu, localizado à direita de quem navega de leste para oeste. A esse monte foi dado o nome de "Monte Vidi". Assinado por Francisco de Albo, contramestre da expedição, esse é o mais antigo documento em espanhol que menciona um nome similar a "Montevideo".
A outra versão, apesar de não ter base em documentos históricos, é mais difundida. Ela dá conta de que, navegando pelo Rio da Prata de leste a oeste (do Oceano Atlântico para o continente), avista-se o 6º monte na região em que hoje se situa a capital uruguaia. Daí, o registro de "Monte VI de Este a Oeste", que de forma abreviada se escreve "Monte VI-D-E-O".
[editar] Geografia
Localiza-se na margem oriental (leste) do Rio da Prata (Río de la Plata) com 67 quilômetros de costa.[4] O clima é úmido e temperado, as temperaturas variam entre 34,6º e 2,6º.[4] As altitudes são, em geral, baixas, cerca de 22 metros.[2]
[editar] Cultura
Algumas da universidades presentes em Montevidéu remontam ao século XIX, como a Universidade da República, de 1849, e a Universidade do Trabalho do Uruguai, de 1878. Encontram-se ainda na cidade antigos teatros, como a Casa de Comedias de 1795, o Teatro Solís de 1856, museus como o Museu Histórico Nacional, o Museu Nacional de História Natural e o de Belas-Artes, e bibliotecas, como a Biblioteca Nacional do Uruguai..[2]
[editar] Economia
A cidade é sede política e financeira do país. É em suas indústrias que são processados os derivados da lã, carne e couro vindos das criações do interior do país para exportação. Montevidéu também concentra indústrias calçadistas, alimentícias e têxteis e de base como de cimento, de construção naval e exploração de petróleo.[2] Ainda assim, a taxa de desemprego de 17% da população economicamente ativa em 2002[4] pode ser considerada elevada.
[editar] Esportes
Sendo o futebol o esporte preferido dos uruguaios, Montevidéu foi sede da primeira Copa do Mundo de Futebol realizada pela FIFA, em 1930.
Seus clubes tradicionais de futebol são o Peñarol (onde atuou Ghiggia, Pedro Rocha, Elias Figueroa) e o Nacional ( onde atuou Ancheta, Manga, Hugo de León) ambos os clubes com conquistas a nível sulamericano (Copa Libertadores da América) e mundial ( Mundial Interclubes) . Recentemente o Defensor e o Danubio vem destacando-se a nivel nacional.
Existem também equipes de cricket e polo, destacadas no plano sulamericano.
O turfe é tradicional e é bastante frequentado o Hipódromo de Maroñas em Flor de Maroñas.
[editar] Turismo
O turismo é uma das atividades económicas mais importante de Montevidéu.
Os vestígios do passado histórico da capital são alguns dos maiores atrativos turísticos. A Praça da Independência, a mais importante do país, possui ainda um dos portões da antiga muralha que cercava a cidade no período colonial.
A cidade tem ainda atrações como teatros, muitas lojas, centro comercial e edifícios históricos, como a sede do Congresso (Palácio Legislativo) e a Catedral (Igreja Matriz) e o Teatro Municipal (Teatro Solís). O pôr-do-sol é desfrutado no alto do Cerro onde há um antigo forte espanhol. Suas casas de jogos e praias atraem quinhentos mil turistas por ano,[5] em sua maioria argentinos, brasileiros, paraguaios e chilenos.[2]
[editar] Bairros
|
|
|
[editar] Transportes
A cidade é um entroncamento no transporte viário ou ferroviário do país e é servida pelo Aeroporto Internacional de Carrasco, o maior do país, e pelo Aeroporto Internacional Angel S. Adami. Seu porto é o local de entrada de grande parte do comércio externo do Uruguai.
[editar] Cidades irmãs
[editar] Referências
[editar] Ligações externas |