Museu da Chácara do Céu
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O Museu da Chácara do Céu é um museu de arte integrante, junto com o Museu do Açude, dos Museus Castro Maya, localizado na cidade do Rio de Janeiro, Brasil.
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[editar] Histórico
O museu se origina na coleção particular do empresário e mecenas Raymundo Ottoni de Castro Maya (1894-1968), em parte herdada de seu pai, em parte adquirida por ele mesmo, que organizou em 1963 uma fundação para gerir os seus bens. Em 1983 a fundação foi extinta e o espólio, ora reorganizado sob o nome de Museus Castro Maya, foi absorvido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.
A sede do museu é uma das antigas residências do empresário, situada na Chácara do Céu, conhecida desde o século XIX no bairro de Santa Teresa. Foi redesenhada em 1954 pelo arquiteto Wladimir Alves de Souza, em linhas modernistas integradas ao entorno dos jardins, de onde se aprecia um vasto panorama sobre a baía da Guanabara.
[editar] Filosofia
O museu se alinha na filosofia de trabalho estabelecida pelo seu fundador, divulgando o seu acervo em exposições de curadoria, continuando projetos como o dos Amigos da Gravura, de edições especiais de obras de artes gráficas, e fazendo intercâmbios culturais entre diferentes instituições, tais como o projeto Encontro de Colecionadores, que expõe coleções privadas raramente acessíveis ao público.
Além destes projetos eminentemente artísticos, há outros de caráter editorial e biográfico, preservando a memória de Castro Maya, que também era um bibliófilo. A museografia empregada respeita alguns ambientes na forma em que eram usufruídos quando a casa era uma residência.
[editar] Coleção
O acervo do museu se divide em setores:
- Arte Européia, com pinturas, desenhos e gravuras de mestres europeus do porte de Matisse, Modigliani, Degas, Seurat e Miró;
- Arte Brasileira, concentrada na produção brasileira moderna, com nomes como Guignard, Di Cavalcanti, Iberê Camargo, Antonio Bandeira e Portinari (o maior acervo público deste artista);
- Coleção Brasiliana, com mapas antigos, pinturas e outras ilustrações da paisagem e dos tipos humanos no Brasil do século XIX, muitas realizadas por artistas viajantes como Rugendas, Chamberlain e Taunay, destacando-se mais de 500 originais de Jean-Baptiste Debret, adquiridos em Paris.
A Biblioteca Castro Maya possui cerca de oito mil volumes entre livros de arte, literatura brasileira e européia, e também algumas importantes publicações dos primeiros viajantes do século XIX: Maria Graham, Maximilian von Wied-Neuwied, Henry Chamberlain, William Gore Ouseley e Victor Frond.